quarta-feira, 24 de outubro de 2012

Obrigação de 7 anos Outorga à Prática do Sacerdócio?

Olá meus queridos leitores, segue mais um post falando sobre o sacerdócio, não é que eu seja chato, mas estou indignado com o aumento de sacerdotes incapazes dentro do candomblé ....

segue:

Obrigação de 7 anos Outorga à Prática do Sacerdócio? As interpretações errôneas sobre os costumes do Candomblé… Na última década houve um exacerbado aumento de Sacerdotes no Candomblé, sobretudo, aqueles que se tornaram Ìyálòrìsàs/Babalòrìsàs, imediatamente após terem concluído sua obrigação de sete anos. Mas será que somente a obrigação de sete anos outorga a um iniciado o direito ao sacerdócio 





A resposta é não, vejamos por que.

Criou-se nos últimos tempos, o indevido paradigma de que ao completar a obrigação de sete anos, o iniciado poderá instaurar o exercício do sacerdócio. Fato é que o sacerdote não nasce quando do término da sua obrigação de sete anos, mas muito antes, quando do seu nascimento. Na rica e bela cultura dos Òrìsàs, acreditamos que trazemos para o Aye (terra), a missão de nossas vidas acordada ainda no Orùn (céu). Em linhas gerais, isso quer dizer que a pessoa traz a missão de se tornar um sacerdote já no seu nascimento, isso está cravado irreversivelmente no seu destino, eles são os Omo Bibi (os bem nascidos).

Dessa forma, as pessoas que são “consagradas sacerdotes”, somente por terem completado o ciclo de sete anos, mas que não traz impresso no seu destino essa missão, poderá causar sério prejuízo a si mesmo e, principalmente aos seus seguidores.

Um Sacerdote de Òrìsà, além de obviamente zelar pela Divindade, zela pelos filhos dessas Divindades, ou seja, o sacerdote cuida de pessoas. É muito importante destacar esse ponto: “O Sacerdote cuida de Òrìsàs, de Pessoas. Ele cuida de Cabeças”. Nesse sentido, vale salientar que a obrigação de sete anos é um passo muito importante na vida de qualquer Omo Òrìsà e condição sine qua non para um futuro sacerdote, mas não é a obrigação de sete anos que tornará um Omo Òrìsà em sacerdote. Isso deve ser claro a todos.

Mas se não é a obrigação de sete anos que outorga o sacerdócio a um iniciado o que é então? Como dito acima, isso está impresso na memória ancestral daquele indivíduo, ele traz consigo essa missão do Orùn, que será revelada por meio do oráculo ou por voz pessoal do Òrìsà. Em uma primeira leitura, isso pode parecer utópico, no entanto, vamos lembrar a consagração sacerdotal de alguns dos mais importantes nomes do Candomblé.

A reverenciada Ìyálòrìsà do Opo Afonjá, Mãe Senhora de Òsun, recebera a navalha que fora de sua avó Ìyá Oba Tosí, ainda na sua iniciação, sendo que sua Ìyálòrìsà Mãe Aninha, anteviu que ela seria uma sacerdotisa. A querida Ìyálòrìsà do Gantois, Mãe Menininha, foi consagrada Ìyálòrìsà pelos Deuses, que a escolherem e a sentaram no trono do Ile Iya Omi Ase Iyamase, sem a interferência humana. Na nossa do Terreiro de Òsùmàrè, o amado Pai Pecê, foi indicado como futuro Babalòrìsà logo no seu nascimento, sendo carregado no barracão pelo Òrìsà Ògún de sua Avó, a inesquecível Mãe Simplícia.

Não quero em momento algum, dizer que a consagração dos sacerdotes deve ocorrer nos parâmetros mencionados, mas quero sim dizer que é necessária uma consulta muito acurada ao jogo de búzios, questionando aos Òrìsàs se aquela pessoa realmente deverá ser consagrada sacerdote. É preciso saber se aquela pessoa realmente foi escolhida pelos Òrìsàs para ser um Babalòrìsà ou Ìyalòrìsà, isso é algo muito sério.

Em Salvador, por exemplo, há muitos Egbomes (Omo Òrìsà com suas obrigações de 7 anos completadas, mas não consagrados sacerdotes). Esses Egbomes, antiguíssimos e de conhecimento requintado da Religião dos Òrìsàs não se tornaram Babalòrìsàs/Ìyálòrìsàs por um único motivo, a saber: Não carregam nos seus destinos essa missão. Esses antigos são felizes por serem Egbomes, são felizes por zelar pelos Òrìsàs na casa onde foram iniciados. São felizes por serem consultados pelos mais novos, sobre as histórias do povo antigo. São felizes por dizer: “Eu sou egbome da Casa A ou B”.

Quando questionados por muitos a razão de não serem Babalòrìsàs/Ìyálòrìsàs, eles imediatamente respondem: “Oh meu filho, eu não nasci com essa missão não, minha missão é ajudar a casa onde eu me iniciei”. Alguns inconformados reiteram: “Mas com tanto saber, você tinha que ser sacerdote”. Esses antigos Egbomes, por sua vez, no elevado grau de sabedoria, acumulada ao longo de anos, finalizam a conversa dizendo: “Oh meu filho, saber é o de menos, é preciso nascer para ser”






Por que Enfeitamos a Árvore de Iroko?


 Por que Enfeitamos a Árvore de Iroko? Já falamos sobre a roupa que veste Ògún, o Màrìwò. Hoje, vamos falar um pouco sobre a importante Árvore de Ìróko, na qual habita o Òrìsà do mesmo nome. É também, uma pequena homenagem a célebre Egbon Cidália de Iroko, que faleceu esse ano, e que teve um papel de importância singular para o Candomblé do Brasil. Muitas pe
ssoas que vão às festas de Iroko, observam com atenção os enfeites colocados nessa misteriosa árvore. Muitos acreditam que os enfeites são colocados para deixar a árvore mais bonita em suas festividades, mas a verdade é que, como tudo que há no Candomblé, os enfeites de Iroko não são colocados ao acaso.

Uma antiga história africana, conta que existia uma mulher chamada Oloronbi que não conseguia ter filhos. Ela sempre que passava diante de uma gigantesca árvore de Iroko dizia: “Oh Meu Pai, eu sou muito solitária, se o senhor me der um filho ou uma filha para eu não ficar mais sozinha nesse mundo, eu lhe darei uma cabra e azeite de dendê”.

Sempre que Oloronbi passava diante de Iroko ela repetia sua súplica. Iroko comovido com o sofrimento de Oloronbi, fez com que ele engravidasse. Oloronbi ficou muito feliz ao saber que estava grávida, mas esqueceu-se da promessa que havia feito a Iroko. Quando seu filho nasceu, ela todos os dias passava diante da árvore sagrada, sem sequer reverenciá-la. Iroko muito triste com o descaso de Oloronbi, resolveu tomar para si aquela criança, sendo que foi ele o responsável por ela ter engravidado. Desta forma, num dia em que Oloronbi parou diante da árvore de Iroko, à noite, para conversar, Iroko sem que ela percebesse chamou a criança para dentro do seu gigantesco tronco, cuidando dela.

Oloronbi ficou desesperada, pois não sabia o que havia acontecido com sua criança, procurando um Sacerdote de Orisa, para saber o que tinha acontecido. O sacerdote consultou o Deus da Adivinhação e disse que a criança de Oloronbi estava no tronco de Iroko, pois ela não realizou aquilo que havia prometido. O Sacerdote disse que ela mandasse fazer alguns bonecos e bonecas de madeira, como se fossem seus filhos e que, novamente parasse diante de árvore de Iroko, comentando que estava muito feliz por ter outros filhos e que, no momento em que Iroko fosse pegar os bonecos, ela teria a oportunidade de pegar sua criança e que no outro dia, fosse novamente diante da Árvore oferecer a cabra e o azeite que havia prometido, pedindo perdão a Iroko.

Oloronbi fez o que o sacerdote havia recomendado, resgatando sua criança. No outro dia, Oloronbi ofertou a cabra e o azeite, enfeitando á arvore com os brinquedos, para que todos soubessem que se ela tinha conseguido uma criança, era pelas graças de Iroko.

Essa história mostra-nos duas coisas importantes, a primeira é que jamais devemos esquecer de nossas promessas e, a segunda é que jamais podemos ficar diante de Iroko a noite

Texto enviado por leitores do blog !!! - obrigado pela contribuição, que odé te ilimine mais a cada dia, asé ô !!!

Sacerdotes


Os sacerdotes e o culto a Orisa

Sempre que falamos do Código de Conduta a ser seguido pelos Iniciados... mas e os sacerdotes? Espero que gostem deste texto.
Dentro da cultura de Ancestral, além dos diversos elementos englobados, encontramos o fator religioso presente.

O culto a ancestral, diferentemente do que muitos insistem em afirmar, não se constitui uma seita. Como qualquer outra religião, reúne um grande número de leis éticas, morais e liturgias que respeitam nossas raízes ancestrais.

Deus é o mesmo em todas as religiões monoteístas. Nós somos integrantes de uma religião monoteísta. Apenas o que muda é o nome que usamos para designar Deus... não o seu amor.

Na nossa religião também temos os sacerdotes. Muito se fala sempre sobre as orientações aos Iyawòs e demais iniciados... jamais se fala sobre as obrigações e responsabilidades dos sacerdotes.

Inicialmente cumpre salientar que não são todas as pessoas que possuem em seu destino o caminho para o sacerdócio. Alguns princípios devem ser observados e rigidamente seguidos.

1. Um sacerdote jamais deve enganar o seu próximo, ensinando um conhecimento que não possui. Jamais devemos falar sobre o que não conhecemos ou passar ensinamentos incorretos.

2. Um sacerdote deve saber distinguir atos e objetos profanos de atos e objetos sagrados. Para realizar um ritual é preciso que a pessoa esteja investido do sacerdócio e que possua conhecimentos básicos para realizá-los.

Considerar que todos, indiscriminadamente, tenham essa investidura para ser um sacerdote, não passa de uma mera manipulação de interesses, principalmente financeiros.

Um sacerdote deve ser dotado de atributos éticos, intelectuais, processuais, morais e de bom caráter... Um ser desprovido destes atributos básicos e essenciais jamais será um legítimo e legitimado sacerdote e essa inobservância é que gera diuturnamente muitos maus sacerdotes, que se proliferam em nossa religião.

3. Um sacerdote não deve dar maus conselhos e orientações erradas. É inaceitável que um sacerdote use seu poder e conhecimento religioso em proveito próprio ou para induzir um seguidor a cometer erros.

4. Um sacerdote não deve fazer uso de recursos falsos, fazendo uso de elementos religiosos sem validade. Um sacerdote precisa, acima de tudo, de Responsabilidade.

5. Um sacerdote não pode praticar liturgias para o qual não foi ativado através do processo de iniciação, ou cuja prática é desconhecida. É a aplicação prática da famosa frase: Somente se pode dar aquilo que se tem.

6. Um sacerdote deve identificar o tempo pessoal e espiritual de cada seguidor para somente então avançar na transmissão de conhecimento.

7. Um sacerdote não deve ostentar seu conhecimento com o intuito de humilhar ou confundir. Pelo contrário, deve respeitar quem sabe menos . Uma das missões mais importantes do sacerdote é orientar e ensinar

8. Respeito é um dos pilares da religião. E para exigir respeito, é preciso respeitar primeiro. O verdadeiro sacerdote respeita todos aqueles que também lhe respeitam.

É preciso lembrar sempre que a fé não deve ser pautada no medo.

A fé deve encontrar seu alicerce no respeito.
Porque no final das contas, o verdadeiro sacerdote deseja e espera apenas que seus seguidores tenham amor pela cultura na qual adentraram pelas suas mãos!

quinta-feira, 11 de outubro de 2012





Vamos ajudar a Salvar a Mãe D'agua de Petrolina, das garras Evangélicas:

Em virtude de muitas críticas que vem recebendo pela população de Petrolina, a escultura "Mãe D´ Água" feita por Ledo Ivo será retirada do Rio São Francisco. A obra que ainda está nas margens do rio, foi vendida por 80 mil reais a um empresário que não quis ser identificado.

Em sessão na câmara, o vereador Osinaldo Alves, d
iscursou na última semana e teceu muitas críticas à obra: "É uma blasfêmia de Deus, coisa do diabo" disse sem conhecimento. Em entrevista à rádio Grande Rio, o prefeito Júlio Lossio pede mais respeito ao autor da obra e explica: "Mãe D´água é uma representação dos ribeirinhos como a Deusa das Águas, não é Iemanjá como disse o vereador. É a mãe das águas, mãe da vida, uma alusão as fontes que vem lá de Minas Gerais e que dá sustentação ao rio" completa o prefeito.

Criador de outras esculturas na região, a exemplo do "Nego D´água", "Bíblia Sagrada" e "Os Pracinhas", Ledo se viu surpreso com as críticas recebidas e falou sobre as do vereador Osinaldo: " Me inspirei nas lendas do Rio São Francisco. É um absurdo um vereador proferir essas palavras. Ele vai ter que me dar provas que tal obra é coisa do demônio. Irei pedir na justiça, provas do que ele está falando. Só não irei entrar com representação, se ele apresentar um atestado que teve um acesso de histeria enquanto falava" disse Ledo Ivo que ainda, enfático, encerrou suas palavras sobre o assunto: "Espero que (a retirada da obra do Rio) acalme os ânimos das pessoas que tem o espírito um pouco exacerbado com relação a essas imagens alucinatórias, do diabo, de macumba, dessas coisas todas, de feitiço, de que para mim é um final feliz. Encerro aqui a minha parte e agradeço a todos que tiveram boa vontade e interesse na minha obra".

Da reação: Fonte: Blog do Geraldo.
http://jornaldasocial.blogspot.com.br/2012/10/escultura-mae-dagua-sera-retirada-do.html

Solicitamos, nesse sentido, que tod@s os companheir@s que, em todo o país, entendam importante sua adesão, pessoal e institucional, a esta causa, nos enviem, por email (edivania.granja@gmail.com), sua disposição em "assinar" (mesmo que virtualmente) a carta em anexo e, igualmente, o pedido de reparação que a Associação Espírita e de Cultos Afro-brasileira fará junto ao Ministério Público do Estado de Pernambuco.
 — em Petrolina, Pernambuco.

Bom dia Meus amores !!!! Que Odé ilumine seus orís hoje e sempre. Mojuba'sé !!!

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Estas passagens bíblicas os evangélicos não conhecem...




No Antigo Testamento, o livro do êxodo proíbe aos israelitas a confecção de imagens. Por quê? Porque poderiam dar oportunidade para que o povo de Israel também as adorasse, como faziam os povos vizinhos. Os israelitas tendiam, sim, a imitar os gestos dos povos pagãos.

Verifica-se, porém, que a proibição de fazer imagens não era algo de abso
luto. Em certos casos, o Senhor mesmo mandou confeccionar imagens para sustentar a piedade de Israel; senão, vejamos:


Ex 25,17-22: O Senhor mandou Moisés colocar dois querubins de ouro sobre o Propiciatório da Arca; era pelo Propiciatório assim configurado que Javé falava ao seu povo. Por isso a Bíblia costuma dizer que “Javé está sentado sobre os querubins” (cf 1Sm 4,4; 2SM 6,2; 2RS 10,15; Sl 79,2;98,1).


1Rs 6,23-28: O texto menciona os querubins postos junto à Arca da Aliança no Templo de Salomão.

1Rs 6,29s: As paredes do Templo de Salomão forma revestidas de imagens de querubins.


Nm 21,4-9: O Senhor Deus mandou confeccionar a serpente de bronze para curar o povo mordido por serpentes.


1Rs 7,23-26: O mar de bronze colocado à entrada do palácio de Salomão era sustentado por 12 bois de metal.

1Rs 7,28s: Havia entre os ornamentos do palácio de Salomão imagens de leões, touros e querubins.

Os próprios judeus compreenderam que a proibição de fazer imagens era condicionada por circunstâncias transitórias, de modo que aos poucos fora introduzindo o uso de imagens das suas sinagogas. Vide o caso, por exemplo, da famosa sinagoga de Dura-Êuropos, na Babilônia na qual estavam representados Moisés diante da sarça ardente, o sacrifício de Abraão, a saída do Egito e a visão de Ezequiel

Anis Estrelado



É excelente para trazer sorte e aumentar o poder psíquico. 
Espalhe anis estrelado pela sua casa para garantir sorte.
Se você possuir oráculos, coloque na caixa ou saquinho em que os guarda um anis estrelado. 
Espalhe também essas lindas estrelinhas no seu altar e carregue sempre algumas na bolsa, assim a sorte andará de mãos dadas com você.
Use-o também em chás, licores, banhos e doces.


Pimenta do Reino



A pimenta do reino, bem como os mais diversos tipos de pimentas, são as melhores representantes de Marte.
Use-as para incitar a coragem, para espantar as energias negativas e para limpar energeticamente a casa. 
Elas melhoram a circulação, levantam ânimos abatidos e protegem contra malefícios.

Outra qualidade das pimentas é a de espantar pessoas indesejadas: escreva em um papel o nome da pessoa que você que que mantenha distância e queime o papel em um incensário, junto com um punhadinho de pimenta do reino. Faça isso durante a Lua Minguante.
Use-as também na culinária e também não esqueça de colocar algumas dentro de sua bolsa, ou fazer um patuá, elas lhe trarão muita proteção.

Adaptação do livro Cozinhando com os Deuses