sábado, 23 de julho de 2011

ESCOLHAS ...

ESCOLHAS ... 
Dê uma boa olhada ao seu redor, 

e entenda que sua vida agora mesmo 

é o resultado de todas 

as suas escolhas no passado. 

Você gosta do que vê? 

Certamente você andou muito para chegar até aqui. 

Você sobreviveu e deu um jeito de estar onde está. 

Existem coisas que poderiam melhorar? 

Provavelmente. 

Existem lugares que você gostaria de conhecer, 

coisas que gostaria de fazer? 

Você consegue imaginar a sua vida 

sendo ainda melhor, ainda mais gratificante 

e emocionante do que é hoje? 

Então, como chegar lá? 

Do mesmo jeito que chegou até aqui: 

como resultado das escolhas que você faz. 

Existem escolhas, e existem escolhas. 

Geralmente prestamos muita atenção 

às grandes decisões: faculdade, casamento, 

a primeira casa ou apartamento. 

Mas, freqüentemente, as decisões mais poderosas 

são as "pequenas", 

aquelas que fazemos um dia após do outro: 

fazer ou não mais uma visita, 

dar aquele telefonema, 

acordar mais cedo para fazer exercício, 

a atitude com que encaramos o dia a dia no trabalho. 

A qualidade da sua vida 

é um resultado direto das escolhas que você faz. 

E cada momento em sua vida é uma escolha. 

O futuro aproxima-se no mesmo ritmo de sempre. 

Então preste atenção nas suas escolhas, 

pois são elas que moldarão, 

ativamente, o resto da sua vida. 






Viver !!!

VIVER ... 



É ter consciência da realidade que se esconde atrás da aparência. 
É ver além dos cinco sentidos. É enxergar com os olhos da alma ... 
A vida  materializa nossos pensamentos. Conforme acreditamos, ela se torna. Cultivando medo, a falta de amor, o egoísmo e a descrença. Não é esse o caminho. As pessoas querem, mas suas atitudes revelam o oposto. 
Para receber é preciso primeiro dar.  Para atrair é preciso irradiar. Essa é a força da vida. 
Se Deus colocou tanta beleza, tanta vida, tanta alegria e perfume em simples flores, 
o que não terá feito com o Homem?!? 
Deus sempre faz o melhor. ELE nos deu beleza, sentimento, alegria, bondade e possibilidade de escolher. 
A dor, o sofrimento, a maldade, o ódio, a ignorância vem da nossa necessidade de perceber. 
Deus permite o contraste para que possamos enxergar claro. 
De que adiantaria acender uma luz na claridade? É nas trevas  que ela é percebida. 
Sem a tristeza, a alegria não seria apreciada, sem a carência a abundância não teria significado. 
Somos todos crianças na "escola da vida".  
Durante nossa "infância", precisamos experimentar para ganhar senso de   r e a l i d a d e ...
O sofrimento é pano de fundo para que o bem seja notado.  Baseado na perfeição de Deus: 
A natureza nos ensina isso. Basta olhar.  Não lhe parece que um Deus tão extraordinário, tão criativo, que colocou tanta beleza, tanto perfume na simplicidade de uma flor, que enfeitou nosso mundo com um céu tão azul,
um mar tão belo, tudo para nos fazer felizes, só nos destina  à FELICIDADE  e à  ALEGRIA ...  ( ?!?)
A dor serve para nos levar aos cuidados da preservação.  É um alerta que nos adverte que algo não está bem. 
Sem ela, não teríamos referencial.  
O CAMINHO QUE TE LEVARÁ À FELICIDADE COMEÇA  EM VOCÊ MESMO!!! 








sexta-feira, 22 de julho de 2011

TESTEMUNHO DE FÉ

Recebemos muitas
graças dos Orixás durante
nossa vida, temos imensos
testemunhos de que
eles estão presentes e têm
como nos auxiliar em tudo
que precisamos, seja no
material, espiritual, sentimental,
família e saúde.
E você que já recebeu
uma graça de um Orixá,
sendo financeira, espiritual
ou sentimental, que
tipo de gratidão você tem
com ele? O que eu estou
fazendo hoje para fortalecer
a minha fé no Orixá?
Será que é tudo venha a
nós e o vosso reino nada?
É muito simples e muito
fácil receber a graça
de um Orixá, sem dar um
agrado ou uma oferta e
ajudar a casa onde eles
moram, nós candomblecistas
sabemos da importância
deles em nossa
vida o que a essência e a
força da natureza fazem
por nós trazendo assim
a paz interior que tanto
procuramos e o amor que
tanto é nós dado por estes
seres que cuidam do
nosso caminho, a gratidão
é importante assim como
manter o lar dos nossos

santos, seja eles com uma
oferta ou uma ajuda financeira,
ou a presença
na casa de Candomblé e
a gratidão por aquele que
zela e cuida do nosso santo
e da à oportunidade de
ser fiel e viver constantemente
em busca da real
felicidade.
Vamos ser gratos a
quem nos cuida e cuidar
da nossa essência e
do nosso caminho assim
damos a oportunidade
de crescer em nossa Fé
e receber as graças por
aqueles que são responsáveis
pelo nosso caminho,
vivemos em um
momento em que temos
que estar perto e gratos
por aquele que não nos
deixa fazer mal, cuidam
da nossa vida e de nossos
caminhos, Não é só
pedir, mas também colaborar
com a morada de
nosso santo assim dando
condições de ele comer,
e trabalhar cada vez mais
pelo nosso bem estar.
Pense mais em quem
cuida de você, e colabore
mais para que isso
esteja presente em sua
vida e te abra cada vez

mais seus caminhos, seja
em qual setor da vida
você necessite mais.
Uma vez eu aprendi se
eu dou o meu melhor, eu
receberei o dobro de volta
e disso vocês possam
ter a certeza que o que
vocês dão com o coração
aberto e com Fé nada ira
faltar a vocês.


Bom dia á todos.



terça-feira, 19 de julho de 2011

Boa Noite !!!

Oi pessoal boa noite, segue mensagem de hoje, forte abraço .....

Babá Nino D'Odé.

A vida guarda a sabedoria do equilíbrio e nada acontece sem uma razão justa.
Apesar das aparências, tudo é para melhor e Deus está no leme. Envolvidos pelas emoções, temos dificuldades para entender isso. Confiar e esperar será sempre uma atitude sábia.
Assumir a responsabilidade por nossos atos, com coragem e disposição, nos coloca a favor da vida e ela nos apóia.
"A cada novo minuto você tem a liberdade e a responsabilidade de escolher para onde quer seguir mas é bom lembrar que tudo na vida tem seu preço"
A captação de energias é um fato, mesmo para aqueles que não acreditam nelas.A vida sempre coloca em nossa frente várias opções. A escolha é livre, mas, uma vez feita a opção, cessa nossa liberdade e somos forçados a recolher as consequências.
A justiça de Deus, é tão dvina que ensina a cada um de acordo com seus atos
"Você está onde se põe. É a lei da vida. Se você se colocar em um lugar melhor,sua vida mudará e coisas boas começarão a acontecer.A escolha está em suas mãos."



sexta-feira, 15 de julho de 2011

HOJE É SEXTAAAA !!!

Olá meus queridos leitores, Estou passando para lembrar que hoje é sexta feira rsrsrrs, desejo a todos um bom findar de tarde e um ótimo final de semana, que orisá ilumine vossos orís. Asé

quinta-feira, 14 de julho de 2011

MÃE MENININHA




MÃE MENININHA




Mãe Menininha
Há 88 anos, a mãe de Carmem, que fora batizada como Maria Escolástica da Conceição Nazaré e desde cedo recebeu a alcunha de Menininha, levava uma vida comum – embora rigorosamente dentro dos preceitos da religião – e também pensou que poderia fugir do destino. Casou, educou as filhas e fez fama como costureira. Quase esqueceu que ela tinha um plano e os orixás, outro. Antes de completar o primeiro ano de vida, sua bisavó materna, Maria Júlia da Conceição Nazaré, decidiu iniciá-la na religião.
Menininha foi “feita” aos oito meses de idade e, aos 28, tornou-se a terceira mulher do clã a assumir o comando do Gantois, após Pulchéria da Conceição, já que sua tia, Maria da Glória, morreu antes de terminar o luto, o que a impediu de ser confirmada ialorixá.
Anos mais tarde, Mãe Menininha revelou que, embora a bisavó, a tia e chefes da casa tenham lhe dito que ela iria servir aos orixás, sentia “um medo horroroso da missão”. “Era uma consciência absoluta do que me esperava: passar a vida inteira ouvindo relatos de aflições, doenças e lástimas e ter de ficar calada, guardar tudo pra mim, procurar a meditação dos encantados para acabar com o sofrimento. Tudo exige abnegação”, teria declarado a ialorixá ao extinto Jornal da Bahia em 1984.
Mas Mãe Menininha não fugiu ao seu destino e soube fazer valer a força das mulheres da família. Com o seu carisma, conseguiu tornar o Gantois o mais prestigiado e famoso terreiro do Brasil. “Ela foi uma das maiores autoridades religiosas do Brasil e teve como sucessoras mulheres inteligentes e dignas, líderes de peso de um segmento importante da nossa população”, afirma o professor Ordep Serra.
Existem atualmente, segundo a Federação Baiana de Cultos Afro-brasileiros, mais de 2.230 terreiros na Bahia. Para o antropólogo, o Gantois, como outros terreiros, tem muito poder. “É um poder religioso capaz de reunir adeptos que procuram, e encontram, remédio para suas aflições, apoio espiritual. Isso não é pouco“, diz.
No caso do Gantois, segundo Ordep, o carisma de grandes sacerdotisas contribuiu para ampliá-lo cumulativamente. “Este poder é também político, no sentido mais amplo do termo: capaz de gerar iniciativas sociais. Mas isso não significa que, no plano da gestão da coisa pública, o Gantois exerça influência decisiva, ou goze de privilégios, como às vezes se insinua. Bem ao contrário: o Gantois tem tido dificuldades para fazer valer seus direitos”, afirma.
Ordep Serra fala dos problemas que o terreiro enfrenta com a invasão do seu terreno. “O Gantois teve seu território mutilado, e mesmo a legislação que lhe protege o entorno foi, e é, desobedecida”. Segundo ele, “embora o Gantois seja, por força de lei, Área de Preservação Cultural e Paisagística do Município de Salvador, a garantia que este diploma legal lhe dá tem ficado apenas no papel”. Mãe Carmem evita falar sobre o assunto, que a aborrece.
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Poder e prestígio
Voltando à história do poder, não são poucos os políticos que se acostumaram a subir a íngreme ladeira do Alto do Gantois para pedir orientação às ialorixás da casa. Antonio Carlos Magalhães foi amigo pessoal de Mãe Menininha e chegou a declarar, certa feita, que os visitantes ilustres que chegavam à Bahia iam primeiro à Igreja do Senhor do Bonfim, depois ao Gantois e, por último, procuravam o governador, referindo-se a ele – governador na época.
Não se sabe ao certo se era bem assim. Mas corre à boca pequena que até mesmo os ex-presidentes da República Getúlio Vargas e João Goulart, além dos governadores Antônio Balbino, Juracy Magalhães, Lomanto Júnior e Roberto Santos bateram ponto lá. Dizem que o ex-governador paulista Adhemar de Barros, também.
Lenda ou verdade, Mãe Carmem evita falar sobre amigos ilustres, especialmente políticos. “Não precisa dar nomes. O Gantois é uma casa aberta a todos”, dá o assunto por terminado. Pelo visto, no Terreiro do Gantois, não apenas os segredos do culto afro estão guardados a sete chaves.
Mãe Carmem é muito discreta. Nem mesmo os nomes dos ogãs famosos (protetores do candomblé, com função de lhe dar prestígio e ajudar nas cerimônias sagradas) ela revela. “Os ogãs são da comunidade”, diz. Sabe-se, porém, que o publicitário Nizan Guanaes é um deles.
Outro assunto que desagrada à ialorixá é a intolerância religiosa. “Existe e sempre vai existir. Como o candomblé é mais forte, eles atacam”, diz, referindo-se às igrejas evangélicas. A Igreja Católica, Mãe Carmem, assim como sua mãe, adora. Tanto que as grandes comemorações do terreiro começam sempre com uma missa. “Me dou bem com os kardecistas, os católicos e até com alguns evangélicos. Acho importante o diálogo interreligioso”, defende.
Em 1986, o escritor Jorge Amado, amigo da casa, declarou à revista Veja: “No Gantois, Mãe Menininha conquistou ampla admiração pelo exercício de uma qualidade muito familiar aos políticos: era mestra no jogo de alternar a conciliação e a resistência. Nunca se rebelou contra o poder, seja do Estado ou da Igreja Católica, que apoiava a perseguição ao candomblé, mas também jamais se rendeu”.
A perseguição policial aos cultos aos orixás, aliás, passou longe do Gantois, mesmo nos tempos mais difíceis. Apesar da pressão, inclusive da imprensa, o terreiro nunca foi atingido, segundo relatam as escritoras Cida Nóbrega e Regina Echeverria no livro Mãe Menininha do Gantois – uma biografia(Editora Corrupio, 2006).
Na obra, há um relato da ialorixá sobre o tema: “A polícia jamais nos incomodou”. De acordo com as autoras, as seitas só podiam fazer suas obrigações com autorização do chefe de polícia, e o Gantois procurava atender a todas as exigências e resistiu graças à força de suas mulheres.
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Filhos famosos
Enquanto os filhos e filhas de santo andam para um lado e para o outro, enfeitando a casa para a celebração, Mãe Carmem resiste à ideia de ser fotografada para a reportagem. “Não tenho intimidade com câmeras. Se for de televisão, então, engasgo, transpiro e não consigo dizer uma palavra”, ri do que acaba de revelar.
A ialorixá, pelo visto, não herdou de Mãe Menininha a intimidade com os holofotes que renderam fama. No centenário de seu nascimento, em 1994, os Correios lançaram um selo comemorativo com sua foto. A boa relação com a mídia e personalidades contribuiu para tornar o Gantois o terreiro mais famoso do Brasil. A popularidade atraiu a atenção de políticos e artistas de todo o País e até de intelectuais brasileiros e estrangeiros.
A pesquisadora americana Ruth Landes, depois de uma temporada estudando o candomblé no Brasil, escreveu Cidade das mulheres, publicado nos Estados Unidos, em 1947, e no Brasil, em 1967, pela Civilização Brasileira. Na obra, a autora descreve Mãe Menininha como uma mulher independente, admirada e dona de si.
Além de ACM, que, pelo que consta, não chegou a ser “feito“ no terreiro, outras personalidades costumavam frequentar a casa. Jorge Amado, Pierre Verger, Carybé, Dorival Caymmi – que a homenageou com a Oração de Mãe Menininha, gravada por Maria Bethânia e Gal Costa nos anos 1970 –, Vinicius de Moraes e muitos outros. Bethânia e Gal, aliás, foram além. Ambas se tornaram filhas de santo da casa e seguem a religião até hoje.
Bethânia e Mãe Menininha
Fui feita por Mãe Menininha em 1981. Caetano e eu, juntos. Porém conheci o Gantois, a casa do axé, pelas mãos de Vinicius (de Moraes) e Gesse (Gessy), então sua mulher e minha amiga; não lembro o ano, mas sei que foi bem mais cedo da data escolhida pela ialorixá para minha obrigação“, lembra Bethânia.
Seguidora fiel da religião, a cantora diz que o Gantois reafirmou tudo o que aprendeu com os pais. ”O Gantois é a casa do meu orixá, portanto a casa que também me acolhe. Vi reforçados ali os ensinamentos e valores que aprendi na casa dos meus pais: humildade, respeito, o sabor da alegria, a necessidade de louvar e agradecer a graça da vida, com suas dores e delícias. Também a confiança, a amizade, a fé, para mim, a base de tudo“.
Para ela, o Gantois é símbolo do que há de melhor no Brasil. “Tudo é belo ali: o som, a roupa, a comida, os cheiros… isso pra não falar dos rituais, que, esses, são segredos guardados pelos de sangue real“.
Assim como a irmã de santo, Gal exalta a importância do Gantois na sua vida. ”Fui iniciada por Mãe Menininha. É uma casa muito especial, um lugar sagrado. As pessoas estão ali para fazer o bem“.
Para Gal e Bethânia, que vivenciaram as gestões de Mãe Menininha e de Mãe Cleuza, a escolha de Mãe Carmem como sucessora foi acertada. ”É uma mulher maravilhosa, o Gantois não poderia estar em melhores mãos“, elogia Gal. Bethânia vai além: ”Ela faz o seu trabalho lindamente. É a guardiã da sempre viva luz que habita ali e nos guia, nós, os seus filhos“.
Em 1995, foi a vez de a cantora Daniela Mercury se iniciar na religião. Ela diz que chegou ao Gantois pelas mãos de Mãe Cleuza, de quem se tornou amiga e filhade santo. ”O Gantois é uma casa especial, e Mãe Carmem é muito amorosa, está sempre presente, atenta e cuidadosa“. Apesar de ter entre os mais de três mil filhos de santo muitas celebridades, Mãe Carmem refuta o rótulo de terreiro dos artistas. ”Aqui são todos iguais“.
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Oxaguian
Vaidosa, a filha de Oxaguian se rende, enfim, aos apelos da fotógrafa. Não sem antes dar uma retocada no visual, o que faz com a ajuda das filhas biológicas, Ângela Ferreira e Neli Silva, respectivamente iyakekerê e iyadagan da casa, os mais altos cargos do terreiro.
A iyakekerê é a mãe-pequena da casa; a iyadagan é a responsável pelas tarefas da cozinha. No caso das duas filhas da ialorixá, as atividades de cada uma vão muito além das funções religiosas. Ângela e Neli são as fiéis escudeiras da mãe e a tratam com um zelo que dá gosto de ver.
Mãe Carmem ajeita o torço na cabeça e ri timidamente para a câmera. ”Sorria, minha mãe. Olhe pra mim que a senhora fica feliz“, pede docemente Neli. Mãe Carmem obedece. Com a aparência cansada, queixa-se da noite mal dormida. ”Às vezes, fico a noite quase inteira acordada, pensando nos problemas“, diz, e logo esclarece: ”Não são meus. São dos outros“.
Uma filha de santo – estas tiveram os nomes preservados a pedido da ialorixá – complementa a revelação. ”Já cansei de chegar na cozinha, altas horas da madrugada, e encontrar minha mãe lá, sentada, pensando“, diz.
A preocupação é compreensível. Afinal, não deve ser fácil comandar uma casa com tantos filhos. São eles, juntamente com os simpatizantes e amigos do terreiro, que contribuem com trabalho e doações para manter o Gantois em funcionamento.
Apesar de ter sido tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural (Iphan), em 2002, o terreiro não recebe ajuda governamental. ”Vivemos das doações e trabalhos“, diz a iyakekerê Ângela Ferreira. Ela afirma que o Gantois não segue tabela de preços. ”As pessoas dão uma ajuda para a casa, se quiserem. Fica a critério de cada um“.
As despesas para manter a casa em funcionamento são grandes. Além da comida farta, o Gantois ajuda também a comunidade em seu entorno. Tão logo assumiu o comando da casa, Mãe Carmem reativou as ações sociais do terreiro.
Atualmente, são distribuídas mensalmente cerca de 240 cestas básicas, fixas, além de serem oferecidas oficinas gratuitas de inglês, música (percussão e flauta), artesanato, digitação, dança, dentre outras. Não só para os filhos da casa como para moradores da comunidade.
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Dinamismo e tradição
A despeito da resistência anterior, a ialorixá está longe de lamentar o destino. ”Apesar da missão, nunca fui tão amada como hoje. Isso é o alimento que me ajuda a cumprir a missão que me foi designada“. Uma das mais antigas filhas da casa, com mais de 60 anos de ”feita“, a Ebômim Lícia diz que Mãe Carmem é ”dinamismo sem perder a tradição“.
Após os afagos, ela abre o sorriso para a lente. Nessa hora se revela vaidosa. ”Adoro ser mulher“, diz. O cuidado com a vaidade, no entanto, não lhe rouba a atenção do feijão de Nanã. Muito menos das pessoas envolvidas no ritual.
E os ritos seguem. Após esta festa, será a vez da de Oxóssi, patrono do Gantois, no dia 3 de junho. Depois, a das Águas de Oxalá e, em seguida, a do Pilão de Oxaguian, santo da ialorixá. E assim tem sido no Gantois há mais de um século e meio. E assim, certamente, será. Motumbá

GANTOIS




TERREIRO DO GANTOIS:
CIDADE DAS MULHERES

Fundado por Maria Júlia da Conceição Nazaré, em 1849, o Terreiro do Gantois preserva a tradição com renovada energia feminina e muito axé
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reportagem de RONALDO JACOBINA
(publicada em 14.3.2010 pela Muito, revista dominical do jornal A Tarde)
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Domingo, 28 de fevereiro, dez da manhã. Mulheres e crianças, divididas em pequenos grupos, se dedicam à tarefa de separar grãos de feijão-fradinho da casca. O trabalho, que parece simples, exige silêncio e concentração. Na cozinha, homens socam o feijão no pilão, enquanto as mulheres preparam temperos, manuseiam alimentos e mexem as panelas que estão sobre o enorme fogão a carvão.
Numa grande mesa, um lauto café da manhã aguarda as pessoas que, desde a madrugada, trabalham na preparação da festa que acontecerá à noitinha. Uma simpática senhora de semblante sereno descasca a porção de grãos que lhe coube. De vez em quando, retira o olhar da tigela e o lança, serenamente, para as pessoas que cumprem aquele ritual.
Vez por outra, alguém se aproxima da mesa branca de tampo de vidro, onde ela está sentada, numa cadeira também branca, para pedir-lhe a bênção. “Motumbá, minha mãe”, cumprimentam. “Motumbá-axé, meu filho”, responde a senhora de olhos esverdeados que, fora da casa, atende pelo nome de Carmem Oliveira da Silva. Ali, ela é Mãe Carmem, a ialorixá do terreiro

MÃE CARMEM - Foto de XANDO PEREIRA | Agência A Tarde - 7.8.2007

De repente, surge no salão uma outra senhora que vem cumprimentar a mãe de santo. “Vim desejar feliz ano novo”, diz, enquanto curva-se para beijar a mão da ialorixá. A visitante, de prenome Joana, é vizinha do terreiro e defensora do Gantois. “Não sou de santo, mas ter uma vizinhança como essa torna a nossa comunidade protegida em todos os sentidos”, explica. Mãe Carmem sorri e diz: “Vivemos em harmonia com a comunidade. Isso é muito importante”.
É dia de festa no Ilê Iyá Omin Axé Iyamassê, um dos terreiros mais antigos da Bahia (originário, assim como o Terreiro da Casa Branca e outros tantos, do lendário terreiro Ilê Airá Intile, na Barroquinha, um dos primeiros da Bahia, fundado no século 18) e que ficou mundialmente conhecido como Gantois, fundado por Maria Júlia da Conceição Nazaré, em 1849.
O nome fantasia (Gantois) é uma referência ao antigo proprietário da fazenda, onde hoje funciona a casa de candomblé, no bairro da Federação. A festa que está sendo preparada é para os filhos da casa e é um ritual chamado Olorogum, que marca o início do recesso que o terreiro fará até o Sábado de Aleluia, quando retoma todas as suas atividades.
O feijão, segundo Mãe Carmem, é a comida de Nanã. “Enquanto retiramos a casca, de grão por grão, elevamos nosso pensamento para Nanã, a dona do feijão”, explica a ialorixá, que assumiu o posto no dia 30 de maio de 2002, três anos após a morte de sua antecessora, a irmã Cleuza Millet, falecida em 1998.
Ex-funcionária do Tribunal de Contas do Estado, Mãe Carmem é a filha caçula de Mãe Menininha, a ialorixá mais popular do Brasil. Cleuza era a mais velha e sucedeu a mãe cinco anos após sua morte, em 1986. Dentro dos preceitos do candomblé, as duas filhas biológicas de Menininha foram criadas para ser independentes.
A primeira era obstetra, enquanto Carmem seguiu a carreira de contadora. Apesar de terem levado a vida fora do terreiro, nunca se afastaram da religião. Carmem, “feita” aos 5 anos, é filha de Oxaguian. Menininha era de Oxum. Como filha de santo, a atual ialorixá era a cuidadora dos santos, função que acreditava ser eterna, não fosse os orixás a terem convocado para suceder a irmã, seguindo a tradição de linhagem do terreiro.
Apesar de intuir que seu destino já havia sido traçado pelos orixás, Carmem, assim como sua mãe, resistiu a aceitar a missão. “Sempre achei confortável ser filha de santo, não queria encarar essa missão porque sabia que era árdua, mas Oxóssi me pegou, literalmente, pelo laço e me sentou aqui”

Mensagem !!!!


Olá meus queridos leitores, venho trazer a mensagem de hoje, espero que gostem .....

O carisma é a expressão da alma. Quando a alma fala, sua essência espiritual e divina se manifesta, e a pessoa brilha, conquista, aparece. É nela que reside sua força e poder. Negá-la é preferir a obscuridade.
Niguém está sozinho. A assistência espiritual existe e tem prestado incontáveis serviços às pessoas, numa demonstração de que a vida é amor e bondade, mas jamais se prestará a fazer por elas a parte que lhes cabe.

Forte abraço que Baba Mi Odé guarde todos em bom caminho, Asé
Baba Nino D'Odé



quarta-feira, 13 de julho de 2011

ATENTOS ...

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texto de ZENO MILLET*
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Geralmente, o preconceito se forma a partir da falta de conhecimentos adequados acerca de determinado assunto. E assim é com o candomblé. O povo negro, pelo próprio histórico de sua trajetória no Brasil, já sofre, naturalmente, com uma diversidade de discriminações. Com uma religião trazida por eles, não poderia ser diferente.
O candomblé não tem uma ‘escritura’. Não existe um livro litúrgico para esta religião e, assim sendo, toda a informação sobre as tarefas, orações, ritmos e rituais são aprendidos através da oralidade. Toda informação é transmitida através da palavra de geração para geração. Tudo é ensinado pelos mais velhos – e a obediência à hierarquia é o alicerce fundamental para a sustentação de um templo.
Para quem visita um terreiro de candomblé pela primeira vez, é prudente conhecer um pouco sobre o que vai encontrar. É importante saber que em um templo de candomblé não existem perguntas, mas deve-se sempre esperar por respostas.
O primeiro passo a ser dado por um visitante é ser o mais discreto possível – quase despercebido – e observar, atentamente, as reverências, gestos e atitudes dos filhos de santo.
No candomblé existe uma grande quantidade de objetos sagrados, uma vez que os deuses desta religião é a própria força da natureza.
Portanto, é preciso ter cuidado para não tocar em objetos que só podem ser tocados por filhos de santo (e muitas vezes só os mais graduados), não sentar em qualquer lugar, pois existem muitos altares em qualquer parte do terreiro, não entrar em qualquer recinto porque alguns santuários são de acesso restrito, não tocar nas guias (contas de vidro) usadas pelos abians(1) e filhos de santo – pois trata-se de uma representação do Orixá de quem as usa, portanto só deve ser manuseada por ele mesmo ou pela Iyalorixá.
Pode parecer que são muitos ‘nãos’, mas trata-se de uma cultura diferente, com valores, padrões, atitudes, etc., que no cotidiano não se está habituado a conviver.
(1) Pessoas no primeiro estágio da iniciação
.
*Zeno Millet – Neto de Mãe Menininha do Gantois; Baba Egbé Otum

Orixás na Música Popular Brasileira

Em um século a música
popular brasileira traz
através de vários interpretes
menções e exaltações
a diversos orixás, a
cultura afro-descendente
se torna mais popular e
vários seguidores mais
adeptos a religião, talvez
até por vergonha ou
medo não exponham assim
sua fé.
A censura muitas vezes
não permitia o culto
aberto a religiões afro
descentes e muito menos
a liberdade de expressão
encontra através da
música uma maneira de
expressar sua fé na religião
e mostrar as pessoas
a magia de nossa religião
milenar.
É impossível citar todas
as letras de todas as
músicas encontradas durante
a nossa pesquisa,
referencias pelas quais
nos perdemos de tanta
maravilhas e de letras literalmente
q tocam no
fundo da alma, pois a fé
também é mostrada através
da arte e arte nada
mais é que um sentimento
que vem de dentro do
autor, seja nas palavras,
Orixás na Música Popular Brasileira
Por Lis Albuquerque / Edição Helena Vicente
nas letras de música, nas
esculturas, nos livros e
até mesmo na dança.
Alguns destes interpretes
e seus sucessos e
demonstrações de fé no
orixá e na religião, posso
citar que a Bahia berço do
candomblé brasileiro traz
muitos destes interpretes,
como clara Nunes, Maria
Bethania, Gal costa, Caetano
Veloso, Pixinguinha
Arlindo cruz, Noel
rosa bezerra da silva, Dorival
Caymmi, Roberta
Miranda Pepeu Gomes
João Bosco, Vinicius de
Moraes entre outros inúmeros
interpretes da música
popular.
A musicalidade na sensibilidade
e em forma de
expressão de fé e amor aos
orixás e de tudo que se relaciona
a natureza em si, o
mistério e a essência da religião
do Candomblé.
Estamos preparando em
cada edição.


Por Lis Albuquerque / Edição Helena Vicente
Ano VIII - Junho 2011 - Editora Mundo Místico dos orixás

Estrela de Axé - Mama Bruschetta


Filho de Yemanjá
Ogunté, com Xangô e
Oxalá, o ator Luis Henrique
que interpreta a
irreverente personagem
Mama Bruschetta no
programa “Mulheres”
na TV Gazeta, foi feito
no santo há mais de 30
anos. Rodante desde os
27 anos, ele é filho de
santo de Mãe Omidarogi,
da nação Ketu, que,
na ocasião tinha o terreiro
no bairro da Penha
em São Paulo.
Segundo ele, apesar
de não ter dado as obrigações
do santo, o seu
amor pelo orixá e pela
religião é muito grande.
Mesmo a distância, os
preceitos do santo são
mantidos e seu interesse
pela religião continua.
Amante confesso da,
comida de santo, o ator
Luis Henrique ressalta
que adora peixe, quiabo,
acarajé e vatapá.
O ator relembra a
importante luta de Tatá
Pérsio de Xangô pela religião
e afirma que quem é
de axé deve ter orgulho.

BOA TARDE !!!

Quando o sonho se desfaz, 
Deus reconstrói. 
Quando se acabam as forças,
Deus renova.
Quando é inevitável conter as lágrimas, 
Deus dá alegria.

Quando não há mais amor, 
Deus faz nascer. 
Quando a maldição é certa, 
Deus transforma em benção.

Quando parece ser o final, 
Deus dá novo começo. 
Quando a aflição quer persistir, 
Deus nos envolve em paz.

Quando a doença assola,
Deus é quem cura. 
Quando o impossível se levanta, 
Deus o torna possível.

Quando faltam as palavras, 
Deus sabe o que queremos dizer. 
Quando tudo parece se fechar,
Deus abre uma porta.

Quando você diz: não vou conseguir, 
Deus diz: Não temas, pois estou contigo. 
Quando o coração é machucado por alguém, 
Deus é quem derrama o bálsamo curador.

Quando não há possibilidade, Deus faz milagre.
Quando só há morte, Deus nos faz persistir. 
Quando a noite parece não ter fim, 
Deus faz nascer o amanhecer.

Quando caímos num profundo abismo, 
Deus estende sua mão e nos tira de lá. 
Quando tudo é dor, Deus a dá o refrigério. 
Quando o calor da provação é grande,
Deus dá a sombra de sua presença.

Quando o inverno parece infinito, 
Deus traz o verão. 
Quando não existe mais fé, Deus diz: Acredita!

Quando estamos a um passo do inferno, 
Deus dá a direção do céu. 
Quando não temos nada,
Deus nos dá tudo. 
Quando alguém diz não somos nada, 
Deus nos diz que somos mais do que vencedores.
Quando se torna difícil caminhar, Deus nos carrega no colo...



Baba Ojúinâ, que vcs tenha uma linda tarde, bju no coração.