quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

O INTECAB-PB INFORMA



A TODOS E TODAS.

Pela primeira vez na historia da Paraíba, a religião de matriz africana foi convidada na pessoa do sacerdote Erivaldo D´Osun, a participar das solenidades alusivas a posse de Ricardo Vieira Coutinho, no cargo de governador do Estado e junto com outras religiões conduzirá a celebração ecumênica que será realizada na Estação Cabo Branco – Ciências, cultura e Arte, às 11h00min do dia primeiro de janeiro de 2011.

Fará parte também desta celebração, junto com o sacerdote Erivaldo D´Osun as sacerdotisas Lúcia D´Omidewa, Renilda D´Osossi, Chaguinha D´Osun, Jackeline D´Osun, Tuca D´Osaguiã e Isabel D´Acorodan. No momento será cantado “Ônísa awuré” em evocação a Olóòrun para pedir suas bênçãos ao Governador empossado e em extensão a todo povo paraibano.

Motumba
Axe a Todos e todas.

Coordenação INTECAB-PB

sexta-feira, 24 de dezembro de 2010

FELIZ NATAL





Olá meus amigos, estou passando para desejar a todos vcs um feliz NATAL, repleto de muita paz e tranqüilidade, desejo do fundo do meu coração que tenhamos mais alegrias, e vamos pessoal se lembrar do verdadeiro NATAL, não somente farrear e cair na gandaia, vamos nos voltar um pouco na tradição e no que realmente o natal representa, alegria e paz no coração de todos, abraços.


"Há mais, muito mais, para o Natal do que luz de vela e alegria; É o espírito de doce amizade que brilha todo o ano. É consideração e bondade, é a esperança renascida novamente, para paz, para entendimento, e para benevolência dos homens."

quarta-feira, 15 de dezembro de 2010

CHUVA







Hoje um de meus Omorisás de Osún perguntou-me, Pai quem rege a chuva ???
expliquei a ele, e compartilho com vcs todos, grande abraços.


Riro!riro! Ewá é a divindade do canto, das coisas alegres e vivas. Dona de raro encanto e beleza é considerada como a Rainha das mutações, das transformações orgânicas e inorgânicas. É o Orixá que transforma a água de seu estado liquido para o gasoso, gerando nuvens e chuvas. Quando olhamos para o céu e vemos as nuvens formando, às vezes, figuras de animais, de pessoas ou objetos, não nos importamos muito. Porém, ali está Ewá, Rainha da beleza, evoluindo solta pelos céus, encantando e desenhando por cima do azul celeste da atmosfera da Terá. Ewá é também o inicio da chuva, regida por sua mãe Nanã. É a mágica da transformação. Está ligada à mutação dos animais e vegetais. Ela é o desabrochar de um botão de rosa; é a lagarta que se transforma em borboleta; é a água que vira gelo e o gelo que vira água,lembrando do descongelamento das camadas polares do planeta, pelo aquecimento global. , Ewá é aquela que vai dar cor ao seres; torná-los bonitos, vivos, estimulando a sensibilidade; a fragilidade das coisas; a transformação das células, gerando o que há de mais lindo no mundo. É a deusa da beleza; é o sentimento de prazer pelo que é belo; é o respeito pela maravilha que o mundo apresenta. A força natural Ewá é ligada também à alegria, dividindo a regência daquilo que se chama ou se tem como feliz. Está presente nas coisas e nos momentos alegres, que têm vida. É também a divindade do canto; da música; dos sons da natureza, que enchem nossos ouvidos de alegria e contentamento. Está presente no canto dos pássaros; no correr dos rios; no barulho das folhas, sopradas ao vento; na queda da chuva; no assovio dos ventos; na música interpretada por uma criança, no choro do bebê, no canto mais que sagrado da mãe Natureza. Ewá é a própria beleza. É o som que encanta. É o canto da alegria. É a transformação do mal para o bom. É a vida… Que como temos que ver e tirarmos de exemplo.




EWÁ, Orixá das chuvas, rainha dos mistérios e da magia, jovem virgem que recebeu de Orunmilá o poder de ler os Búzios (o Oráculo de Ifá). Comanda os astros e está ligada às mudanças e transformações das águas. Veste-se de vermelho e branco. Seu dia é Sábado e sua saudação é "Ri-rò !". Seus filhos são pessoas extremamente metódicas e racionais. Costumam traçar metas para tudo. Conservadoras, acabam sofrendo com o execesso de rotina que conseguem estabelecer em suas vidas.



Temos também Oxumaré, que tem múltiplas funções, diz-se que é um servidor de Xangô, que seria ele o encarregado de levar as águas da chuva de volta para as nuvens através do arco-íris.


TEMOS TB NOSSA QUERIDA NANÃ.



Nanã é lama, é terra com contato com a água. Nanã também é o pântano, o lodo, sua principal morada e regência.
Ela é a chuva, a tempestade, a garoa. O banho de chuva, por isso, é uma espécie  de lavagem do corpo, homenagem que se faz à Nanã, lavando-se no seu elemento. Por isso, não devemos blasfemar contra a chuva, que muita vezes estraga passeios, programas, compromissos, festas e acontecimentos. A chuva é a parte da vida, que vai irrigar a terra, Se ela cai demais, é porque a força da Natureza, Nanã, está insatisfeita. E, amigo... queira ver tudo, mas não queira ver a ira de Nanã. Posso lhe assegurar que não existe nada mais feio!
Considerada a Iabá (orixá feminina) mais velha, foi anexada pelos iorubanos nos rituais tal a sua importância. Nanã é a possibilidade de se conhecer a morte para se ter vida. É agradar a morte, para viver em paz. Nanã é a mãe, boa, querida, carinhosa, compreensível, sensível, bondosa, mas que, irada, não reconhece ninguém.
Nanã é o Orixá da vida, que representa a morte. E a isso devemos o máximo respeito e carinho.


terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Baba Percio de Sangô.





NOTA DE FALECIMENTO

Comunicamos aos amigos e irmãos de fé da Umbanda e do Candomblé Que nesta madrugada do dia 13 para 14 de Dezembro de 2010 Faleceu uma das mais respeitada Liderança religiosa da nossa Comunidade. 



BABALORIXÁ
PÉRSIO D´XANGO

PAI PÉRSIO



Recebemos informação que o velório será no Axé Batistini, assim que tivermos informações Oficiais enviaremos novo comunicado. 





MANIFESTAMOS NOSSA TRISTEZA PELA PARTIDA DO NOSSO AMIGO, PAI E IRMÃO QUE SEMPRE NOS SERVIO DE EXEMPLO. 





Nossas condolências a toda família do AXÉ BATISTINI






NOTA DE FALECIMENTO – TATA PÉSIO D´XANGO
INFORMAÇÕES -


Prezados senhores e senhoras,
Sacerdotes e sacerdotisas das Religiões
de Matriz africana e Afro brasileira.


E com pesar que informamos que o Axé Batistini, um dos mais tradicionais
Terreiros do Brasil e do mundo sofre uma perda precoce, que deixa todos do AXÉ órfãos.

O falecimento do nosso Amigo, Irmão de Fé um dos mais destacados Guerreiros de nossa comunidade.
Babalorixá Pérsio de Xangô, mas conhecido como Tatá Pérsio que é o Fundador do o Ilé Axé Xangô Ayra  - Axé Batistini.


Toda cerimônia será realizada no Axé Batistini situado na rua Antonio Batistini, 260 –
Batistini – São Bernardo do Campo – ABCD de SP.

A chegada e inicio esta prevista para a partir das 17hs. 
E o enterro se dará no dia 15 de Dezembro as 10 hs
no Cemitério em São Bernardo do Campo.


quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

OBÍ



OBI – no âmbito cientifico


noz-de-cola é o fruto de uma árvore de aproximadamente de 6 a 8 metros de altura, pertencente as plantas do gênero Cole da subfamília Sterculioideae (Malvales). As variedades mais comuns são obtidas de várias árvores do oeste da África ou da Indonésia, como Cola nitida ou Cola vera e aCola acuminata. O grupo contém um total de 125 espécies. Raiz vertical e comprida, caule cilíndrico e ereto, revestido de casca acinzentada-brancacenta, espessa, folhas longas – pecioladas, alternadas, obovaladas, acuminadas, as vezes possuindo até 30 cm de comprimento e 10 cm de largura, pinnatu-nervadas, inteiras, coriáceas, verde escuro, vernicosas com pelos estrelados apenas quando jovens, estípulas caducas, flores polígamas, pequenas, amarelas, aromáticas. As femininas, estrelado-pilosas, dispostas em racimos auxiliares, freqüentemente também partindo do caule ou dos ramos velhos já desprovidos de folhas, fruto composto de 1 a 6 folículos, de 8 a 16 cm de comprimento e 6 a 7 cm de largura, em forma de estrela, lenhosos, lisos, de cor castanha, cada folículo encerrando 3 a 16 sementes de tamanho variável.
Originária da África Ocidental, também conhecido pelos nomes de abajá, café-do-sudão, cola, mukezu e obi, possui um gosto amargo e grande quantidade de cafeína, a noz-de-cola é usada por muitas culturas do oeste africano, tanto medicinalmente, quanto religiosamente, desde época muito remota. Muitas vezes é usada cerimonialmente ou oferecida aos convidados. Conhecida na Europa desde que os navegadores portugueses começaram a explorar a Costa Ocidental do Continente Africano, no inicio do século XVI, época esta em que o comércio do produto já era intenso de um a outro ponto da África, por exemplo: da Serra Leoa, onde abundava, para Senegambia, onde faltava. Nestes locais, vários navios, cada ano aportavam fazendo permuta por escravos e por ouro. Quando passou a existir a navegação direta entre à África e o Brasil, mesmo clandestina, a “Noz-de-Cola” já estava ao alcance dos africanos que aqui viviam , e a ela já estavam habituados desde a infância, pois muitas vinham de Angola e em maior escala no ex-Dahome atual República Federal do Benin.
A noz era utilizada originalmente para produzir refrigerante de cola, é o segundo principal ingrediente da Coca-Cola, o primeiro ingrediente são as folhas de coca, dai o nome "Coca-Cola".apesar de que hoje em dia o sabor destas bebidas produzidas em massa é artificial. Algumas exceções incluem a Red Kola da A.G. Barr plc, Harboe Original Taste Cola e Cricket Cola, a última feita de noz de cola e chá verde.
As sementes tem ação estimulante, regularizadora da circulação. Atuam como um tônico revigorizante (provavelmente o mais poderoso da natureza),age no metabolismo como um excitante do sistema nervoso e muscular. Tem propriedades antidiarréica e usada nos casos de anemia, convalescença de doenças graves, problemas estomacais e certas enxaquecas e sobretudo nas perturbações funcionais do coração, considerado poderosa tônico para o coração. As sementes contém: matérias protéicas, tanino, teobromina, cafeína e “vermelho de Kola”. Alimento compensador para quem viaja para regiões de recursos escassos e usadas por muitas pessoas como sucedâneo do cacau e do café.Devido à descarga de energia que provoca no corpo de várias maneiras, também é usada como eficiente emagrecedor. Muitas vezes é usada como depuradora da água potável.Na Jamaica e no Brasil é consumida como estimulante. Pode ser mastigada antes das refeições para estimular a digestão e o paladar. Devido ao grande desgaste energético que produz no corpo é usada para a perda de peso.
Como as folhas de coca, a noz de cola estimula e mantém-te acordado. Aumenta o poder de resistência e diminui o apetite. Melhora a concentração, aclara o cérebro, tem um efeito afrodisíaco único. Impulsiona as tuas capacidades normais como por exemplo o trabalho, esporte, dança e sexo.
Os efeitos secundários são similares aos da cocaína: inquietação e insônias. Deve ser consumida durante o dia, tomar noz de cola à noite pode resultar em falta de sono.
O uso prolongado e intenso pode causar habituação, insônia e nervosismo.
OBÍ – no âmbito religioso
O Obí é a semente sagrada da religião dos Òrìsà, assim como a hóstia é pára o Cristianismo, e em hipótese alguma é permitido parti-lo com instrumentos de aço ou ferro, este já vem com seus gomos delineados pela própria natureza e esta regra em abri-lo somente com as mãos e com o auxilio das unhas deve ser obedecida e a violação desta obrigatoriedade é quase que um sacrilégio.Não se trata simplesmente de "abrir" o obi, na verdade o ato é revestido de cerimônia com rezas e libações de água, as partículas que produzem as raízes do obi existentes dentro dele são retiradas com as unhas enquanto algumas exortações são proferidas. Insubistituível dentro do culto, esta presente em todas as cerimônias, desde o “nascimento” até a “morte” Muitos dentro da cultura não dão muito valor aos amplos detalhes quanto ao “jogo do Obí”, e é neles que se encontram todos os segredos relativos ao bom andamento dos ritos e cerimônias e do sucesso por eles esperados.Saber abrir um Obí e entender suas “mensagens” é o mínimo que se pode exigir de um sacerdote de qualquer ramificação das religiões afro-descendentes.
Os tipos mais conhecidos são:
O Obí Gbanjá, possui dois cotilédones (gomos) e não deve ser usado ritualisticamente, segundo os “padrões convencionais”, já que não possui propriedades sagradas e “àse” para utilizações litúrgicas. Seu uso mais comum são como alimentos e terapias alternativas, existem inúmerossacerdotes que o utilizam em ritualísticas restritas.
O Obí Abatá, possui de 3 à 6 cotiledones (gomos), são usados ritualisticamente para inúmerascerimônias dentro do culto aos Òrìsà e amplamente usado como consulta oracular (veja o mito abaixo). Oferenda por excelência de todas as divindades do Panteão Yoruba, com exceção de Sango. Os que possuem 4 gomos são os mais empregados nos rituais do Ibori, deve ser o primeiro alimento oferecido à este Imole. O Obí pode variar sua cor entre o rosa e o vermelho, mas todos com uma coloração clara em seu interior. Os mais raros são os Obí totalmente branco denominado pelo nome de Obí Efin, somente exigido pelos Òrìsà Funfun e mesmo assim deverá obrigatoriamentepossuir mais de 2 gomos.
A falta de esclarecimento e conhecimento de sacerdotes e sacerdotisas, levam inúmeras pessoas a exigirem exclusivamente em suas liturgias, o referido Obí branco. Esta “fissuração” em relação ao Obí branco, raríssimo de ser comercializado, incitam comerciantes inescrupulosos agirem de forma ilegal. Mergullhado em substâncias químicas, tais como ácido clorídrico e outras substâncias tóxicas, que visam alterar a cor natural do Obí, são comercializados livremente sem nenhuma inspeção dosórgãos competentes. Após esta “técnica criminosa” o Obí fica branco e para não comprometer ainda mais a sua estrutura, são mantidos em soluções diluídas de formoldeído. Esta “aberração” alem de apodrecidos, mau cheirosos e sobretudo venenosos, são oferecido as divindades e compartilhado em uma espécie de comunhão litúrgica entre os devotos.
Em Cuba, após o domínio do socialismo o Obí teve que ser substituído pelo coco, assim comoinúmeros outros ingredientes, e a falta do principal fruto da religião foi legado seu uso somente as cerimônias de iniciações e consagrações dos Òrìsà e algumas ritualisticas das quais sua presença é indispensável e insubistituivel.
O MITO
Foi Orunmila quem revelou como a noz-de-cola foi criada.

Quando Olodumare descobriu que as divindades estavam lutando umas contra as outras, antes de ficar claro que Esu era o responsável por isso, Ele decidiu convidar as quatro mais moderadas divindades (Paz, a Prosperidade, a Concórdia e Aiye, a única divindade feminina presente ), para entrarem em acordo sobre a situação ....
Eles deliberaram longamente sobre o motivo de os mais jovens não mais respeitarem os mais velhos, como ordenado pelo Deus Supremo.
Todos começaram então a rezar pelo retorno da unanimidade e equilíbrio. Enquanto estavam rezando pela restauração da harmonia, Olodumare abriu e fechou sua mão direita apanhando o ar.
Em seguida abriu e fechou sua mão esquerda, de novo apanhando o ar.
Após isso, Ele foi para fora, mantendo Suas mãos fechadas e plantou o conteúdo das duas mãos no chão.
Suas mãos haviam apanhado no ar as orações e Ele as plantou. No dia seguinte, uma árvore havia crescido no lugar onde Deus havia plantado as orações que Ele apanhara no ar.
Ela rapidamente cresceu, floresceu e deu frutos
Quando as frutas amadureceram para colheita, começaram a cair no solo.
Aiye pegou-as e as levou para Olodumare, e Ele disse a ela para que fosse e preparasse as frutas do jeito que mais lhe agradasse.
Primeiro, ela tostou as frutas, e elas mudaram sua textura, o que as deixou com um gosto ruim.
No outro dia, Ela pegou mais frutas e as cozinhou, e elas mudaram de cor e não podiam ser comidas. Enquanto isso, outros foram fazendo tentativas, no entanto todas foram mal sucedidas.
Foram então até Olodunmare para dizer que a missão de descobrir como preparar as nozes era impossível.
Quando ninguém sabia o que fazer, Elenini, a Divindade dos Obstáculos, se apresentou como voluntária para guardar as frutas. Todas as frutas colhidas foram então dadas a ela.
Elenini então partiu a cápsula, limpou e lavou as nozes e as guardou com as folhas para que ficassem frescas por catorze dias.
Depois, ela começou a comer as nozes cruas.
Ela esperou mais catorze dias e depois disso percebeu que as nozes estavam vigorosas e frescas.
Após isso, ela levou as frutas para Olodunmare e disse a todos que o produto das preces, Obí, podia ser ingerido cru sem nenhum perigo.
Olodumare então decretou que, já que tinha sido Elenini, a mais velha divindade em Sua casa quem conseguiu decodificar o segredo do produto das orações, as nozes deveriam ser dali por diante, não somente um alimento do céu, mas também, onde fossem apresentadas, deveriam ser sempre oferecidas primeiro ao mais velho sentado no meio do grupo, e seu consumo deveria ser sempre precedido por preces.

Olodunmare também proclamou que, como um símbolo da prece, a árvore somente cresceria em lugares onde as pessoas respeitassem os mais velhos.
Naquela reunião do Conselho Divino, a primeira noz de cola foi partida pelo Próprio Olodunmare e tinha duas peças.
Ele pegou uma e deu a outra para Elenini, a mais antiga divindade presente.
A próxima noz de cola tinha três peças, as quais representavam as três divindades masculinas que disseram as orações que fizeram nascer a árvore da noz de cola.
A próxima tinha quatro peças e incluía assim Aiye, a única mulher que estava presente na cerimônia.
A próxima tinha cinco peças e incluiu Orisa-Nla.
A próxima tinha seis peças representando a harmonia, o desejo das orações divinas.
A noz de cola com seis peças foi então dividida e distribuída entre todos no Conselho.
Aiye então levou a noz de cola para a Terra, onde sua presença é marcada por preces e onde ela só germina e floresce em comunidades humanas onde existe respeito pelos mais velhos, pelos ancestrais e onde a tradição é glorificada.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

O QUE É EBÓ

O que é EBO?



Palavra yorubana que significa oferenda. Dentro do culto aos Òrísà
Ebó é um termo africano, do iorubá, que tem várias acepções nos cultos africanos no Brasil, mas as acepções todas têm em comum o fato de tratar-se de uma oferenda, dedicada a algum orixá, podendo ou não envolver o sacrifício animal.

Oferenda votiva

Ebó nada mais é do que uma limpeza espiritual, contendo vários tipos de comida ritual. Como alguns dizem é uma limpeza da aura de uma pessoa, de uma casa, de um local de comércio. Transfere-se para os alimentos a energia maléfica que está na pessoa ou no local, com a ajuda de Exú e dos Orixás.
Não adianta só oferecer as comidas, o segredo está nas cantigas, e na receita, algumas podem ser conhecidas mas a maioria faz parte do segredo do Candomblé. Pode-se fazer ebó para abrir os caminhos para emprego, ebó de saúde, ebó de prosperidade, o que varia é a receita. Existem vários tipos de ebós, mas sempre será feito de acordo com o determinação do jogo de búzios merindilogun.
No jogo de búzios define-se qual orixá será oferecido o ebó, sendo que cada um leva seus ingredientes especiais tais como: a canjica de Oxalá, a batata doce de Oxumaré ou o inhame de Ogun. Há ainda aqueles ebós para afastar espíritos desencarnados que ainda atrapalham a vida de alguns chamado de ebó de Egun, e outros para curar traumas e ajudar no esquecimento e superação de experiências ruins, o ebó de "susto" é para prevenir problemas no futuro.
Não são em todos eles que ocorre a sangria de animais, pois há os chamados ebós brancos ou secos, nos quais não é permitido qualquer sacrifício e os animais utilizados, geralmente neste caso os frangos e galos, são soltos na natureza com vida.
Após o ritual do ebó as folhas sagradas são usadas de forma ordenadas nos banhos liturgicos, podendo ser necessário o uso de água sagrada. Existe uma rígida cartilha a ser seguida para que se tenha resultados, e o sacrifício seja aceito. As proibições denominado de ewo são revelados, por exemplo: a não ingestão de qualquer tipo de carne vermelha nem tão pouco frutas vermelhas ou ácidas (incluindo seus sucos), a abstinência principalmente de praticas sexuais como também beijos e abraços, fica proibido a ida a velorios, hospitais, cemitérios ou mesmo a passagem sob arames farpados ou escadas, a bebida alcoolica é um verdadeiro tabu.
O ritual é largamente praticado em diversas casas e centros religiosos de candomblé e obtém elogios pelos resultados obtidos por seus praticantes.

Sete tipos de ebós mais utilizados no candomblé


E PORAI VAI VARIOS OUTROS EBÓS ......
ESPERO TER EXPLICADO UM POUCO SOBRE O ASSUNTO, AO DEMAIS SOMENTE APROFUNDANDO MESMO PESSOAL, AI JA FICA COMPLICADO DE EXPLICAR OK, ABRAÇOS A TODOS E TENHAM UM LINDO DIA.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

FELIZ ANIVERSÁRIO !!!!


Ao Babalorisá Odéoromim (PAI XISTO).

Hoje é o seu aniversário, que essa data se renove muitos anos, seja com amor e muita alegria, nas horas de tristezas e alegrias, parabéns, parabéns á vc, com muito carinho e amor, que os caminhos de ti sejam guardados e semeados pelas mãos do senhor. Baba o senhor é tudo para mim, um pai, um amigo, um irmão, um filho, o senhor é aquele que me aguenta, que me ouve, que me aconselha, que me tolera e suporta srsrs, te desejo paz, saúde, prosperidade, caminhos e portas abertas sempre, que Odé possa lhe dar muitos e muitos anos de vida, peço e louvo aos céus pelo senhor existir e ser quem o senhor é !!! Asé Pai, Te amo de seu Filho OJÚINÃ.


Quero nascer de novo 
cada dia que nasce
"Quero nascer de novo cada dia que nasce. 
Quero ser outra vez novo, 
puro, cristalino. 
Quero lavar-me, 
cada manhã, 
do homem velho, 
da poeira velha, 
das palavras gastas, 
dos gestos rituais. 

Quero reviver a primeira manhã da criação, 
o primeiro abrir dos olhos para a vida.
Quero que cada manhã, 
a alma desabroche do sono como a rosa do botão,
e surja, como a aurora do oceano
ao sorriso dos teus lábios, 
ao gesto de tua mão. 

Quero me engrinaldar para a festa renovada 
com que cada dia nos convidas 
e desdobrar as asas como a águia em demanda do sol. 

Quero crer, a cada nova aurora,
que esta é a definitiva, 
a do encontro com a felicidade, 
a da permanência assegurada, 
a de teu sim definitivo." 


(Chico Xavier)



Você sabia? 
Momento Cachaça Cultural

Antigamente, no Brasil, para se ter melado, os escravos colocavam o caldo da cana-de-açúcar em um tacho e levavam ao fogo.
Não podiam parar de mexer até que uma consistência cremosa surgisse.
Porém um dia, cansados de tanto mexer e com serviços ainda por terminar, os escravos simplesmente pararam e o melado desandou. 
O que fazer agora????
A saída que encontraram foi guardar o melado longe das vistas do feitor. 
No dia seguinte, encontraram o melado azedo fermentado.
Não pensaram duas vezes e misturaram o tal melado azedo com o novo e levaram os dois ao fogo. 
Resultado: o 'azedo' do melado antigo era álcool que aos poucos foi evaporando e formou no teto do engenho umas goteiras que pingavam constantemente. 
Era a cachaça já formada que pingava. Daí o nome 'PINGA'. 
Quando a pinga batia nas suas costas marcadas com as chibatadas dos feitores ardia muito, por isso deram o nome de 'ÁGUA-ARDENTE'. 
Caindo em seus rostos escorrendo até a boca, os escravos perceberam que, com a tal goteira, ficavam alegres e com vontade de dançar. 
E sempre que queriam ficar alegres repetiam o processo. 
(História contada no Museu do Homem do Nordeste).