sexta-feira, 27 de maio de 2011

Noticias !!!

OLÁ MEUS QUERIDOS AMIGOS, DESEJO A TODOS VCS UMA LINDA SEXTA-FEIRA, REPLETA DE PAZ E MUITA HARMONIA, .... 










ABRAÇOS .....

quinta-feira, 26 de maio de 2011

........VESTUÁRIO DO CANDOMBLÉ.....



Baiana (vestuário)


 

vestuário chamado baiana é uma indumentária tradicional e é a mesma usada nos terreiros de candomblé. Existem roupas para todas ocasiões. A roupa de ração é a mais simples e as roupas feitas com bordado Richelieu podem custar por volta de quinze mil reais. 


ROUPA DE RAÇÃO


filhas de santo no Terreiro Apo Afonjá.

Roupa de ração é a roupa usada diariamente em uma casa de Candomblé. São roupas simples feitas de morim ou cretone.

As roupas de ração podem ser coloridas ou brancas, dependendo da ocasião na roça de candomblé. Compõem o jogo: saia (axó) de pouca roda para facilitar a movimentação, singuê (espécie de faixa amarrada nos seios que substitui o sutian), camisu ou camisa de mulata, geralmente branco e enfeitado com rendas e bordados, calçolão (espécie de bermuda amarrada por cordão na cintura, um pouco larga para facilitar a movimentação e proteger o corpo em casos que se é necessário sentar no chão), pano da costa e o ojá, um pano que se amarra à cabeça.

O axó [roupa] tem uma representação muito grande nocandomblé. A roupa fala de um simbolismo muito especial, que além de ético e moral, os axós dão para as mulheres posição e postura. É bonito se notar a forma e a reverência que estas roupas expressam em sua aparência e jeito: respeito acima de tudo! As mulheres de candomblé, especialmente os de ketu, quanto a composição de singuê, de xokotô (espécie de calça, também chamado "cauçulu"), saia, e camisu, compoem seu axó.

 VESTUÁRIO DAS IYALORIXÁS


Saia de brocado da Mãe Menininha.


Saia de brocado da Mãe Stella de Oxóssi.

O vestuário de uma Iyalorixá é diferente das roupas usadas pelas equédis e iaôs, é caracterizada pelo uso da "Bata" que é usada por fora da saia com o camisu por baixo, nas casas tradicionais somente a Iyalorixá pode usar, se ela permitir suas filhas egbomis podem usar também, mas no Opô Afonjá e no Gantois nunca permitirá o uso da Bata por uma equédi!.

A Bata é símbolo de cargo ou posto dentro da hierarquia do candomblé. O pano da costaiaôs o usam amarrado no peito, as egbomis  e Iyalorixás no ombro. dobrado sobre o ombro também tem sua representação, é um símbolo de cargo pois as Normalmente, saias e Batas de bordado richelieu (como a usada por mãe Stella) também só são usadas pelas Iyalorixás, assim como o pano da costa de Alaká africano.
Os turbantes também chamados de torço ou ojá, usados na cabeça normalmente são maiores e mais ornamentados, assim como determinados fio-de-contas não podem ser usados por pessoas que não tem cargo, o (fio de ouro) por exemplo só pode ser usado por Iyalorixás com mais de 50 anos de Santo, símbolo de senioridade (como o usado por mãe Menininha).

Mãe Tatá as vezes usa  o pano da costa na cintura,pois no engenho velho é custume as egbomi usar , porque antes de ser uma Iyalorixá ela é uma egbomi, ao passo que as equédis usam roupas mais bem simples.

Além do simbolismo do vestuário, existem muitos objetos que podem ser caracterizados e usados somente por Iyalorixás e Babalorixás, o anél de ouro com um búzio incrustado é um deles. O brinco de ouro com búzio antes também exclusivo das iyalorixás tornou-se de uso comum, sendo usado até por pessoas que não fazem parte da religião.

No axé oxumarê [salvador-bahia] o uso do Humgebê só é permitido a quem já fez a obrigação de sete anos, ou melhor, é quando a pessoa recebe o hungebê que passa a ser um egbomi..

Outra característica do vestuário é o uso do Ojá na cabeça, no candomblé  quem é de santo aboró usa o ojá com uma aba, e quem é de santa Iyabá ou Aiabá usa duas abas , nas outras nações algumas pessoas adotam esse uso.

Babá Nino D'odé.


.... AS PENAS SAGRADAS DO CANDOMBLÉ.....

As penas de orisá

Dentre os meus poucos conhecimentos, não há nenhum tipo de "pena" usado em substituição à IKODIDE (pena de papagaio Odide] e, tampouco outra pena que tenha o mesmo significado litúrgico que a Ikodide, sendo que a mesma não exige estar acompanhada de outro tipo de "pena" para desempenhar sua função. O que já não é o caso da pena vermelha (Alukopena de galo das Campinas), e da verde (Agbepena de cuco), pois sempre são usadas em conjunto.


Ikodide, símbolo do processo iniciático, vem a confirmar a iniciação, podemos encará-la como símbolo da realeza.


Agbe = Atrai a sorte e tudo de necessário para a vida do ser.(pena de cuco)
 (foto abaixo)



Alóko = Usa-se em parceria com Agbe, cria condições favoráveis para que a pessoa encontre  seu caminho. (pena de galo das Campinas)
 (foto abaixo)



Agbe Aluko são muito usadas em diversas magias para atrair a sorte (awure), participam no processo iniciático em banhos que serão aplicados ao neófito e, no Osu que oelegun irá carregar. Também são colocadas em assentamentos de determinados Orisas, assim como LEKELEKE [penas brancas, pena de garça)) empregadas em assentamentos de Obatala, Awodi (penas de falcão) e etc.



Babá Nino D'odé.


..INICIAÇÃO NO CANDOMBLÉ....

Iniciações 



No Brasil e em vários lugares do mundo existem milhares e milhares de pessoas que, maravilhadas pelo mistério dos Òrìsà, quer sejam descendentes de africanos, europeus, asiáticos ou de qualquer outra raça do planeta, acabam transpondo as portas da iniciação, surpreendidos pelo paradoxo de defrontar-se com crenças alicerçadas em rituais de rebuscada complexidade e ao mesmo tempo simples de entendimento na sua essência. As cerimônias são alegres, coloridas, embaladas pelo som dos tambores nos quatro cantos do mundo, agregando pessoas de todas as camadas sociais; contudo, o aprendizado ritual e filosófico requer estudos sérios e contínuos, que acompanharão o iniciado pela vida afora. Que mistérios são esse, ocultos em meio a lendas e ensinamentos de sabedoria ancestral? O que na verdade leva pessoas às mais diferentes tradições afro-descendentes, em busca da iniciação?

1 - O que é Iniciação 

Iniciar-se (popularmente no Brasil diz-se "fazer santo") é possibilitar através de rituais próprios que o lado divino da criatura transpareça; é libertar o Deus Interior( Ori Inu ) que existe em cada ser humano, permitindo-lhe vir a tona e provocar impulso irresistível capaz de conduzir a individualidade à realização pessoal, estabelecendo dessa maneira a mais perfeita comunhão possível com o Universo, com a Natureza, com o Criador, enfim, com a própria Vida, em seu pulsar infinito. Corpo físico, mente e alma são ritualisticamente preparados para componentes da manifestação divina. Condições propícias são estabelecidas para que a memória ancestral possa florescer nos recessos do inconsciente, produzindo muitas vezes o transe, em suas mais variadas formas e também variados graus. "Fazer santo" é nascer de novo, renascer como indivíduo mais forte, c ompleto, potencialmente seguro, com melhores condições para, ao abandonar medos, traumas ou bloqueios, lançar-se inteiro na busca da realização pessoal. 

2 - Por que se iniciar? "fazer santo"? 

Conhecer a si mesmo: pressuposto básico para a realização pessoal em todos os níveis. Desde sua origem o ser humano anseia pelo encontro com o Infinito. Essa busca incansável frequentemente provoca verdadeiras batalhas que são travadas no interior do indivíduo, acompanhadas por sentimentos de angústia, ansiedade, inconformismo ou até mesmo desespero frente ao desconhecido ou ao irremediável: as fatalidades e incertezas do amanhã, o ciclo da vida, a morte. Todo esse processo destina-se a criação de ambiente propício ao tão sonhado encontro. A história da humanidade espelha essa incansável busca de respostas aos enigmas da vida: Quem sou eu? De onde venho? Para onde vou? A felicidade é perseguida por todos, sendo muitas vezes um desejo alimentado pela incerteza: "Quero ser feliz, mas não sei bem o que é felicidade". E o ser humano continua a colocar a própria felicidade longe de si mesmo, em circunstâncias exteriores: dinheiro, posição, poder, fama, ou na dependência de outras pessoas: "Se ele - ou ela - me amar, serei feliz". 

Há milhares de anos, o nativo do continente africano já tinha os mesmos anseios: conhecer seu Deus, os mistérios do Universo, a origem da Vida. Olodumárè (o Criador), em sua Graça e Poder infinitos, permitiu-lhes conhecer a  sabedoria do IFA (a revelação): a Criação do Universo e dos seres humanos, os princípios que regulam as relações entre Ilú Aiyé (a Terra) o Orún (mundo espiritual) e o conhecimento dos Òrìsa, divindades partícipes da Criação e intermediárias entre Deus (Olodumárè) e os homens. Desenvolveram-se rituais iniciáticos para os mistérios dos Òrìsà, como forma de realizar o sagrado em si mesmo, ou seja, permitir que o Deus Interior, na figura de um ancestral divino, desperte em cada indivíduo e estabeleça a ponte com o Cosmos, tão necessária à realização pessoal, tornando-o assim capaz de fazer escolhas mais acertadas e consequentes em relação à vida e aos semelhantes, na construção da própria felicidade. A compreensão clara de que destino é possibilidade e não fatalidade é a base dessa realização. O conhecimento das forças que regem o Universo e a Vida nas suas mais variadas formas e meios de manifestação, bem como dos princípios que regulam essa interação é o caminho da Iniciação. 

3 - Iniciação : quem, quando e como? 

O momento do chamado é diferente para cada pessoa.. Para alguns, uma doença difícil de ser curada: outros, as dificuldades do próprio caminho; outros ainda, buscam fugir às religiões tradicionais por concluírem que muitas delas estão tão voltadas para o dia a dia dos homens e seus interesses imediatos que acabam fugindo à sua real finalidade: promover o encontro do ser com a Divindade, ampará-lo em suas dificuldades espirituais e consequentemente,  também as materiais. Alguns ainda são provenientes de outras religiões ou filosofias espiritualistas; finalmente, existem aqueles que simplesmente são tocados pelo Òrìsà, nos recessos da própria alma. Muitos são descendentes de africanos, mas não é regra. Na África o culto está realmente ligado às famílias, mas no Brasil, principalmente a miscigenação, trouxe para toda a população a denominação afro-descendente. A iniciação (feitura) propriamente dita acontece num período de reclusão que varia de sete a dezessete dias. Esse período é comparável a gestação na barriga da mãe; nesse aspecto, o aposento sagrado representa o ventre da própria mãe natureza. O neófito aprende os mistérios básicos das divindades e da Criação; os costumes da comunidade e os princípios que regulam as relações da família religiosa (hierarquia sacerdotal); as formas adequadas de comportamento nas cerimônias públicas e restritas. Conhecimentos acerca de seu próprio Òrìsà lhe são ministrados: a maneira adequada de cultuá-lo, suas proibições (ewò) ( quando houver ), as virtudes que deverão ser cultivadas e os vícios que deverão ser evita- 

dos para atrair influências benéficas e uma relação harmoniosa com a divindade pessoal. 

4 - O que pode mudar na vida do Iniciado 

O Destino é dado a cada ser na forma de possibilidade, nunca como fatalidade. Desse modo, quem antes de voltar ao mundo escolheu por exemplo ser médico, a o renascer na Terra encontrará em seu caminho situações que o direcionem para essa profissão. Entretanto, isto não quer dizer que necessariamente venha a exercer a medicina. Ele pode a qualquer tempo mudar os rumos da própria vida através do exercício do livre-arbítrio (o que, aliás, é um conceito universal). Cada qual constrói a própria história. Ocorre muitas vezes a pessoa acabar fazendo escolhas erradas e sofrendo consequências desastrosas. Pode ser fruto de um destino ruim, que exigirá tempo e determinação para ser superado. A dor transforma-se em companheira constante. Ligam-se a tudo isso os problemas do dia a dia (para não mencionar a situação difícil da sociedade contemporânea); o conjunto acaba provocando sentimentos de 

impotência frente aos obstáculos e encruzilhadas da vida, ou simplesmente solidão, carência de aconchego, de orientação, de coragem. Carência de fé. O Òrìsà pessoal, nesse particular, pode influenciar e muito, prevenindo ou mesmo remediando tais situações, conferindo força e equilíbrio ao seu tutelado, restaurando-lhe as energias, estendendo-lhe proteção e orientando-o quanto ao melhor caminho a seguir. Mas o indivíduo deve permitir que o Òrìsà atue de modo construtivo na sua própria vida. Òrìsà não representa problema no caminho de ninguém - pode significar a solução. Através do seu apoio divino o ser humano pode criar condições para vencer as barreiras internas e externas para a construção de um futuro melhor. 

Igbere - Iniciação 

A presença do orisa na vida de uma pessoa depende do fortalecimento do ori para acoplamento do seu ase, através do ritual de iniciação. Após diversos tipos de ebo, banhos de folhas e bori, o iniciando está purificado e fortalecido para ter plantada no seu corpo a energia do seu orisa tutelar. Trata - se de ritual complexo e com características sob medida para a entidade única que é o iniciando em questão e o seu orisa. O ritual de i niciação nã o decorre de desejo próprio, mas depende de prescrição oracular econforme o próprio termo, marca, não a concretização, mas o início de um aprendizado e desafios constantes que requerem disciplina e dedicação espiritual pelo resto da vida. 

Não implica em qualquer tipo de submissão contrariada, pois o ori é soberano no seu livre-arbítrio. No entanto, uma vez tendo vivenciado a sublime e divina presença do orisa, o afastamento deste, mesmo que voluntário, se faz sentir como um vazio sombrio que pode até ser confundido – errôneamente - com castigo. O orisa não necessita infringir castigos, primeiro porque, como energia da natureza, não depende da adesão de devotos - nós é que precisamos do orisa - segundo, porque a sua simples ausência em nossas vidas, já se caracteriza por si só, como desgraça.

Babá Nino D'odé.


.... O OGAN......



 











OGÁN, nome genérico para diversas funções masculinas dentro de uma casa de Candomblé. 


Ogan Apontado, pessoa apontada como possível candidato a Ogán. Equivalente ao Ogán suspenso.


Ogan Suspenso, pessoa escolhida por um Orixá para ser um Ogán, é chamado suspenso, por ter passado pela cerimônia onde é colocado em uma cadeira e suspenso pelos Ogáns da casa, significando que futuramente será confirmado e passará por todas obrigação para ser um Ogán.Nessa primeira coluna falaremos sobre a importância dos ogáns nos rituais religiosos de candomblé. Começaremos deixando bem claro que os ogáns nao são concorrentes dos babalorixás e sim aliados fieis.


São pessoas que não têm a capacidade de incorporarem o Òrìxà, ainda assim, são filhos de muita fé, sem em nenhum momento duvidar da existência dos orixás pelo fato de não sentirem o êxtase do transe mediunico. Foram escolhidos pelos orixás para seus filhos e, como tal, eles devem apresentar-se numa casa de Òrìsà.


Uma vez aceitos e devidamente entronizados na casa com seus devidos cargos (oyes), eles devem enquadrar-se antes de tudo como um filho do Òrìxà, atendendo também aos critérios e normas que cada casa de axé impõe aos seus filhos no regimento interno, depois é que vêm as prerrogativas e "status " do Ogán .São suspensos e depois confirmados, receberão todas as obrigações necessárias, para o exercício de suas atribuições dentro de seus respectivos ile´s.


Ocupam vários cargos da casa de Òrìxà. Os mais conhecidos são. 


ONÍÌLU, tocadores de atabaques. 


ALAGBÈ, o chefe dos tocadores de atabaques, é o Ogan responsável pelos toques rituais, alimentação, conservação e preservação dos instrumentos musicais sagrados Atabaques. Nos ciclos de festas é obrigado a se levantar de madrugada para que faça a alvorada. Se uma autoridade de outro Axé chegar no terreiro, o Alagbê tem de lhe prestar as devidas homenagens..

AXÒGÚN, é um sacerdote, um dos cargos mais importantes e de muita responsabilidade, ele é um especilista no que faz, é o Ogan encarregado do sacrifício dos animais votivos nas cerimônias do Candomblé Ketu.Deve ser pessoa de absoluta confiança do lider religioso, precisa ter boa memória, saber as técnicas complexas para a execução de suas tarefas, não pode cometer nenhum erro.
Dependendo do prestígio do Axogun, poderá ser convidado por outros sacerdotes de outras casas para exercer suas funções em caso de grandes obrigações.


AFICODE, que deve referencia ao quarto de oxossi chefe do Aramefa 
(quadro de ogans do quarto de oxossi composto por seis ogans) 


PEJIGÁN, O responsavel pelos axés da casa, do terreiro. Primeiro Ogan na hirarquia, zela e guarda o PEJI. 


LEHIN, responsável pela manutenção dos quartos de oxossi e ogun.


BABA MOROTONAN, responsável por tudo que envolver o quarto de omolu etc.


Oportunamente falaremos de cada um deles e de outros que não foram citados, para que nós, nos familiarizemos com nossos queridos irmãos ogáns.


Obs. Na falta de um ogán, ou se desejo for do babalorixá, ele esta autorizado a dar continuidade e fazer ele mesmo os sacrifícios dos rituais, outrem feitos pelos ogans.


Não podemos esquecer dos ATABAQUES, principais instrumentos da música do Candomblé, cuja execução é também de responsabilidade dos Ogáns.


São de origem africana, usados em quase todos rituais afro-brasileiro, típicos do Candomblé e da Umbanda e de outros estilos relacionados e influenciados pela tradição africana. De uso tradicional na música ritual e religiosa, são empregados para convocar os Orixás.
O atabaque maior tem o nome de RUM o segundo tem o nome de RUMPI e o menor tem o nome de LE.
Os atabaques no candomblé são objetos sagrados e renovam anualmente esse Axé. São usados unicamente nas dependências do terreiro, não saem para a rua como os que são usados nos Afoxés, estes são preparados exclusivamente para esse fim.
As membranas dos atabaques são feitas com os couros dos animais que são oferecidos aos Orixás, independente da cerimônia que é feita para consagração dos mesmos quando são comprados, o couro que veio da loja geralmente é descartado, só depois de passar pelos rituais é que poderá ser usado no terreiro.
O som é o condutor do Axé do Orixá, é o som do couro e da madeira vibrando que trazem os Orixás, são sinfonias africanas sem partitura.
Os atabaques do candomblé só podem ser tocados pelo Alagbê (nação Ketu), Xicarangoma (nações Angola e Congo) e Runtó (nação Jeje) que é o responsável pelo RUM (o atabaque maior), e pelos ogans nos atabaques menores sob o seu comando, é o Alagbê que começa o toque e é através do seu desempenho no RUM que o Orixá vai executar sua coreografia, de caça, de guerra, sempre acompanhando o floreio do Rum. O Rum é que comanda o RUMPI e o LE.
Essa é a diferença entre o atabaque do candomblé e do atabaque instrumento musical comprado nas lojas com a finalidade de apresentações artísticas, que normalmente são industrializados para essa finalidade.


Os Atabaques
O Candomblé de Keto ou Alaketo em três atabaques, que são, respectivamente: 
RUM - O MAIOR 
RUMPI - O MÉDIO 
LÉ - O MENOR 
O agogô, tocado para marcar o Candomblé, também de tradição Alaketo, chama-se GAN. 
As varetinhas usadas para tocar o Candomblé nos atabaque, chame-se AGUIDAVÍS. 
Dar RUN ao santo, significa colocar o Orixá na sala para dançar as cantigas e rezas que lhe são destinadas. 
Nomes dos Toques dos Orixás 
ALUJÁ - SHANGO 
AGERÊ - OSHÓSSI 
OPANIJÉ - OBALUAYIÊ e OMOLU 
BRAVUN - OXALÁ e BESSÉN 
IJESHÁ - OSHUN, LOGUN-ODÉ e OXALÁ 
ILU - YASÁN 
EGÓ - YASÁN 
ADERÉ - YEMANJÁ 
Para Consagrar e Dar de Comer aos Atabaques da Casa 
Depois de encourados, mande limpar os atabaques com o Omieró da casa. Feito isso, forra-se um Enim ( esteira ) no chão, forrada de branco e na cabeceira colocam-se as comidas dos santos a quem se dedica cada um dos atabaques, três velas, e coloca-se os atabaques ali deitados, cobertos de branco. 
Parte-se um Obi e joga-se para ver se foi aceito. Depois oboriza-se os atabaques e dá-lhes matança de bichos consagrados aos orixás a quem pertecem os atabaques. Em cima do atabaque, corta-se um pombo. Depois, quando suspendé-los para os seus lugares e os Ogans confirmados tocarão em Bravun , para que eles possam chamar os Orixás. 
Depois disso, só quem poderá colocar as mãos sobre elas, serão os Ogans e quando não estiverem tocando, deverão sempre estar cobertos de branco. 
Se o santo o qual o atabaque foi consagrado não levar dendê, nunca deixe que ninguém, sob pretexto algum, coloque dendê em cima do atabaque de sua casa de santo. 


Babá Nino D'odé.



Pense e Reflita ..

Um garoto vai a te seu Pai...
que acabou de acordar, entregou a chave do carro e falou:

Filho: - Papai lavei o carro para o senhor vem ver papai....deu muito trabalho mas
ficou lindo papai,vem logo!

Pai:- Estou indo meu filho, espera um pouquinho!

Chegando la ele se depara com seu carro e assustado diz:

Pai: - Meu filho o que você fez com meu carro?

Filho: - Papai lavei ele com esta esponja...

Vendo aquela cena, seu carro lavado com uma esponja de aço, todo riscado, ele
sem pensar bate muito nas mãozinhas de seu filho de apenas 4 anos.

A noite de tanto reclamar de dor as mãos que já estavam inchadas tiveram de
leva-lo ao hospital.

No hospital, na sala de espera o pai pensa e se arrepende muito do que
fez,pouco após entra um médico na sala de espera...
Pai: - Doutor como está meu filho?

Doutor: - Oh meu senhor tivemos de fazer uma cirurgia, tirando isto ele está
muito bem.

Pai: - Doutor mas cirurgia de que? em que?

Doutor: - Não foi bem uma cirurgia senhor, tivemos de amputar as mãozinhas de
seu filhinho....

O médico vira para o senhor e pergunta ele o que havia acontecido, mas sem
terminar de falar ele viu que o pai em desespero entra no quarto onde seu filho
havia sido operado.

Chorando o pai entra no quarto e olha para a carinha de filhinho de apenas 4
anos tristemente olhando para ele, com cara de arrependido logo o garotinho
chorando se vira e diz:

Filho: - PAPAI AGORA JA APRENDI QUE NÃO DEVO LAVAR SEU CARRO COM AQUELA
ESPONJA, MAS POR FAVOR.... ME DEVOLVA MINHAS MÃOZINHAS! QUERO TE ABRAÇAR E LIMPAR
SUAS LÁGRIMAS COM MEUS DEDINHOS!

Depois disso o pai entra em depressão e se suicida deixando sua mulher grávida
de uma menininha....

MORAL DA HISTÓRIA: Nunca haja com a cabeça quente por mais grave que seja a
situação, sempre pense bem antes de agir ou espere a poeira abaixar!..

ABRAÇOS BABÁ NINO DE ODÈ>



quarta-feira, 11 de maio de 2011

AMIGO !!!


"Engraçado como em nossa vida passam milhares de pessoas a cada ano, essas pessoas chagam nos conquistam e por um motivo ou outro vão... Alguns dizem que sempre levam um pouco de nós e deixam um pouco de si! A cada dia plantamos uma nova semente, sem nunca nos esquecemos de cuidar daquelas que já estão desabrochando!
Amizade é algo divino! Quem tem um amigo (a) de verdade (quem tem por você um amor incondicional) sabe do que estou falando!
Amigo... Palavra doce, que tem significado de aconchego, de porto-seguro!
Amigo... Aquele que voa junto com vc em seus sonhos, em seus medos...
Amigo... Tanto para dizer-lhe, tanto para agradecer!
Não posso retribuir toda a alegria que me proporcionas nesse tempo de amizade! Aliais posso sim, sendo para ti o que és para mim!
Obrigado por tudo!"


NINO D'ODÉ





sábado, 7 de maio de 2011

...A PEDRA DO ORISÁ.......OKUTÁ







O okutá é uma pedra sacralizada ao Orixá, sendo sua própria representação e sobre a qual são oferecidos os sacrifícios propiciatórios a ele endereçados. 




O assentamento ou igbá do Orixá recém feito é depositado no quarto de seu correspondente na casa, simbolizando o reagrupamento do que um dia, por qualquer motivo, tenha sido dispersado. 




No Brasil é costume manter-se o igbá do Orixá do iniciado junto ao do Santo da Casa durante sete anos, tempo exigido para que o iniciado, após fazer as "obrigações" de praxe, receba um grau hierárquico mais alto, quando poderá, se assim quiser, levar seu Orixá para sua casa ou, se tiver cargo para tal, abrir seu próprio Candomblé, o que por certo implica num complexo procedimento ritualístico que não pode nem deve ser descrito em suas minúcias. 




Em Cuba, onde o culto recebe o nome de Santeria, segundo informações do Babalaô Rafael Zamora (Ifa Bii Ogundakete), o igbá do iniciando permanece na "Casa de Santo" somente durante os três meses subseqüentes ao "dia do nome", ocasião em que, em cerimônia pública, o Orixá traz o seu nome ao conhecimento de todos, o que caracteriza que realmente "está feito". Este costume, segundo Zamora, prende-se ao fato de que o Orixá em questão pertence ao seu filho e não ao sacerdote que o consagrou, o que implica num contato diário entre o iniciado e seu Orixá, contato este considerado indispensável e obrigatório. 




Sobre o ritual cubano é ainda Zamora que nos informa : "Logo após realizar um ebó que se faz três meses depois do dia do nome, o iniciado leva seus Santos para casa, podendo colocá-los em qualquer de suas dependências. O importante é que estejam sempre juntos. 




O iyawo tem que, todos os dias, logo que despertar, lavar a boca e, antes de falar com qualquer pessoa, "bater cabeça" para seu Orixá, saudá-lo conforme tenha aprendido e pedir-lhe tudo o que deseja de bom para si, seus familiares e amigos. Nunca se deve pedir coisas ruins aos Orixás, pois isto é uma atitude condenável e desrespeitosa, que pode provocar a sua fúria e resultar em severas punições ".







NINO D'ODÉ .

TRANSCOMUNICAÇÃO INSTRUMENTAL

TRANSCOMUNICAÇÃO INSTRUMENTAL


vou fugir um pouco do candomblé e vou postar sobre um assunto que me fascina: a sobrevivência do espirito após a morte!..é um assunto intrigante e que me enche de esperança em saber que do outro lado também tem gente querendo  dizer que esta vivo e que nos ama....então como tudo que gosto eu quero postar, postei essa matéria e espero que meus leitores gostem!

PESQUISAS DE TCI


NOVOS CONTATOS REGISTRADOS

Nesta entrevista Sônia Rinaldi fala como estão as pesquisas de TCI e nos apresenta um relato emocionante fornecido pela ANT.

POR ÉRIKA SILVEIRA

A transcomunicação instrumental é um recurso que permite a comunicação entre encarnados e desencarnados por meio de aparelhos eletrônicos. Segundo os transcomunicadores, ela pode ser utilizada como prova científica de que realmente a morte não existe.


As técnicas evoluíram muito desde o início dos experimentos. Segundo Sônia Rinaldi, fundadora da Ação Nacional de Transcomunicadores - ANT - e uma das grandes pesquisadoras do assunto, o Brasil tem hoje os melhores resultados do mundo.


Sônia passou a se interessar pelo assunto em 1988, quando freqüentava o Instituto Brasileiro de Pesquisas Psicobiofísicas - IBPP - dirigido pelo Dr. Hernani Guimarães Andrade. Foi ele quem sugeriu que iniciasse as gravações, e como naquela época não havia qualquer tipo de orientação, resolveram então seguir a intuição.


Os resultados foram positivos, mas foram cerca de 16 anos para alcançar uma evolução notável, que começou com um simples gravador e evoluiu para os telefonemas para o "outro lado", com sincronia de imagens.
Sua primeira experiência ocorreu em uma noite em que acionou o gravador e deixou um rádio ligado ao lado, técnica que hoje se sabe que não é a ideal. Acabou se distraindo e quando percebeu, a voz do locutor havia mudado para uma voz grave e arrastada.


Relata também que tem acompanhado de perto vários experimentos realizados por amigos do exterior, mas diz que ainda utilizam processos antiquados de gravações, com gravadores.


Metodologia considerada ultrapassada para a atualidade, já que desde 1998 introduziram a gravação direta em computador, conseguindo inúmeros avanços que têm sido usados por outros pesquisadores.
Qual é o país mais avançado em termos de pesquisa no campo da TCI?


Não há país como o Brasil, onde ocorre o fenômeno da forma que conseguimos aqui. Temos registros e documentação completa de cerca de 300 telefonemas para o "outro lado", devidamente testemunhados por cerca de 260 pessoas que participaram das experiências. O nosso índice de reconhecimento da voz do falecido é de 83%, ou seja, altíssimo. Em outras palavras, foram centenas de pais que perderam seus filhos e puderam reconhecer a voz deles em dezenas de gravações. Cada telefonema que fazemos registra em média 50 ou 60 respostas, mas temos casos com até 160 frases-respostas dos falecidos. Isso tudo gravado em cd e ofertado gratuitamente aos pais que falaram com seus filhos falecidos por telefone, para que possam elaborar um relatório comentando o conteúdo das respostas e a possível identificação da voz do ente querido.


Há cerca de um ano, iniciamos, por orientação dos "comunicantes", a gravação simultânea de telefonemas e vídeo, com sucesso. Já recebemos imagens em vídeos que duram até 15 minutos, de sete falecidos, devidamente reconhecidos pelos pais. No vídeo, alguns falecidos têm até expressão facial, mas esse trabalho simultâneo ainda está se iniciando.
Como a transcomunicação pode ajudar no avanço das pesquisas sobre o mundo espiritual?


Na minha opinião, nenhum outro fenômeno paranormal pode ser comprovado com a mesma facilidade; nenhum comporta uma investigação matemática; nenhum é concreto o suficiente para atestar a sobrevivência. Como todos um dia morreremos, seria fundamental nos prepararmos e saber o que vamos encontrar. Portanto, entendemos que isso deveria interessar muito a todas as pessoas, mais ainda aos espíritas em particular, pois é a forma mais simples para comprovar as bases da doutrina, em confronto com as idéias que negam a realidade da sobrevivência após a morte.
Como o movimento espírita encara atualmente as pesquisas de TCI?


No começo, foi difícil fazer as pessoas entenderem que essa é a forma mais concreta e poderosa para comprovar a sobrevivência após a morte, a base maior do espiritismo. Como, infelizmente, o espiritismo no Brasil fortaleceu apenas o seu aspecto religioso, dispensando o científico, a coisa ficou um pouco complicada. Kardec propôs um tripé como base da doutrina, ou seja, os aspectos religioso, filosófico e científico. No entanto, a alma boa do brasileiro não exige comprovações e investigações. Isso é ruim, porque indica que ele "acredita" com facilidade e isso vale para o que é verdadeiro e o que é falso. Não vemos tanta gente acreditando em tantas bobagens? Se fossem mais exigentes não endossariam falsas religiões. Mas nada disso importa, nós fazemos nossa pesquisa de forma a cumprir aquilo que temos como meta; comprovar cientificamente a realidade da vida depois da morte. E temos feito inúmeros avanços neste sentido, tendo nos unido a vários centros internacionais de pesquisas.
Como as pesquisas de TCI são vistas pela comunidade cientifica?


A caminhada é lenta, porque a ciência oficial é ciosa de seus preceitos, ou seja, não arreda pé daquilo que está estabelecido e evidenciado diante séculos, e para ela, é certo que a morte é o fim. A ciência e a lógica dizem isso. Claro. Como tirar a razão de algo tão óbvio. Você morre, é enterrado. Acabou-se. Cadê as evidencias que provam que ocorre outra coisa? Para atingirmos a ciência é preciso falar a linguagem dela, que está longe de ser a religiosa. Esse é o motivo pelo qual até hoje, raramente, os fenômenos paranormais despertaram qualquer interesse no mundo acadêmico. Penso que a lógica e a fé não se afinam, por isso procuramos falar a linguagem da ciência. Temos nos cercado de físicos, engenheiros e cientistas. Vamos ver até onde conseguimos ir.
Na sua opinião, falta mais apoio para as pesquisas do mundo espiritual?


No Brasil, as pessoas preferem acreditar em qualquer coisa a investigar e ter certeza racional baseada em evidências concretas. Mas isso não diminui o nosso ânimo, pois os resultados apontam que estamos no caminho certo.


Não existe apoio, porque qualquer pesquisa, como a que fazemos, inclui custos de equipamentos e análises técnicas de engenheiros e físicos. Fomos encontrar apoio apenas em um Instituto Americano, com o qual assinamos um contrato de pesquisa. Isso fez com que suspendêssemos, ainda que temporariamente, as reuniões para os cadastrados da Associação Nacional dos Transcomunicadores.
Como o aspecto moral dos transcomunicadores pode influenciar as comunicações em uma reunião?


Como dependemos em 100% de emissores, para podermos ter qualquer gravação, é de se imaginar que eles escolherão pessoas dignas como parceiros de trabalho. Sem ética, bons objetivos e decência, os contatos poderão ser estabelecidos com outras camadas de comunicantes.
Pode existir fraude em uma reunião de transcomunicação instrumental?


Dependendo da moral e do objetivo das pessoas, pode ocorrer fraude em qualquer coisa. Se estiver vinculada a dinheiro ou fama, isso pode ocorrer. Felizmente não envolvemos dinheiro nem muito menos temos interesse em aparecer. Faz uns três anos que estamos afastados do público para poder tocar a pesquisa.
Quantos livros de sua autoria já foram publicados? Quais são?


São seis livros publicados especificamente sobre nossa pesquisa, que é uma forma de informar aos interessados nossos erros e acertos, progressos e descobertas nesses 16 anos de trabalho. Os títulos são: Missão Alpha I - editado em 1996; Transcomunicação Instrumental - Contatos com o Além por Vias Técnicas - Ed. FE, 1997; Transcomunicação, Espiritismo e Ciência - Ed. DPL, em 2000; Contatos Interdimensionais - Ed. Pensamento, em 2000 (vem com CD de vozes paranormais); Espírito: o Desafio da Comprovação - Ed. Elevação, em 2001 (vem com CD de vozes paranormais); O Além da Esperança - Ed. & A, em 2002 (esgotado - também trazia CD de vozes paranormais).
Qualquer pessoa pode desenvolver a TCI?


Sim, claro. Por isso estamos elaborando cursos individuais ou no máximo para 2 ou 3 pessoas - para que possam aprender as técnicas que usamos. Como no momento isso teria que ser feito em minha casa, tenho que elaborar com calma as coisas. Mas se os leitores se interessarem, podem pedir informações através da Caixa Postal 67.005 - CEP 05391 -970, São Paulo, SP.


Interessados que venham a escrever para a caixa postal, por gentileza, acrescentar dois selos para resposta... já que a Associação não tem fins lucrativos.


Daremos preferência para associados da ANT (Associação Nacional dos Transcomunicadores) e pais que perderam filhos. Vale lembrar, também, que todos os livros da Associação trazem uma ficha que pode ser enviada para o mesmo endereço.

ENTENDA COMO SURGIU A TRANSCOMUNICAÇÃO INSTRUMENTAL

POR ALLAN BISPO

O termo, transcomunicação foi criado nos anos 80, na Alemanha, pelo físico e estudioso Ernst Senkowski e significa comunicação com o mundo extrafísico. Segundo os dicionários modernos, quer dizer: comunicação com a verdade eterna ou comunicação transcendental.


Várias celebridades do mundo científico tentaram a TCI, dentre eles figuram Thomas Alva Edison, inventor da lâmpada e do fonógrafo, Guglielmo Marconi, precursor do rádio, Nikola Tesla, precursor do transformador e criador do motor de corrente contínua, e, no Brasil, o escritor Monteiro Lobato.
Oficialmente, o Brasil é pioneiro nestas pesquisas com o português naturalizado brasileiro Augusto de Oliveira Cambraia, inventor das fibras do tecido cambraia. Dentre as suas 16 patentes requeridas, está a do Telégrafo Vocativo, que deu entrada em 1909, com a finalidade de comunicação com os espíritos.


Apesar de não existirem maiores detalhes sobre o aparelho, concordamos com o raciocínio do pesquisador Clóvis Nunes: "será que ele pediria registro de patente de um aparelho que nunca funcionou?"


O Brasil também é pioneiro na publicação do primeiro livro sobre TCI. Trata-se do livro Vozes do Além pelo telefone, publicado em 1925 pela papelaria e tipografia Marquês Araújo, onde Oscar D'Argonel registra oito anos de contatos consecutivos com vários espíritos.

OS PADRES PESQUISAM

Passei a me interessar pelo assunto a partir de 1990. Nesta época, eu me perguntava qual seria o verdadeiro sentido da TCI no Brasil, uma vez que o brasileiro é espiritualista por excelência. A resposta veio mais adiante, quando assisti, impressionado, uma conferência do padre François Brune no Centro Espírita Leon Denis, falando sobre vozes dos espíritos nos gravadores, oficialmente autorizado pelo Vaticano a pesquisar este fenômeno.


Poliglota, com vários títulos acadêmicos, viaja o mundo promovendo conferências e realizando pesquisas. Clóvis Nunes, que viajou com ele muitas vezes, fala de sua personalidade amigável.
Em seu livro Linha Direta do além, François Brune e Remy Chauvine contam a experiência dos padres Agostino Gemelli e Pelegrino Ernetti, físicos de renome da Itália.


Poderíamos dizer que o primeiro caso de voz paranormal gravada aconteceu no laboratório de física experimental da universidade católica de Milão, em 17 de setembro de 1952. Ali, os padres Gemelli e Ernetti realizavam experiências com cantos gregorianos para eliminar os harmônicos. Naquela época, não existiam gravadores com fitas, mas apenas com fios. Este fio se rompia com freqüência, então era necessário dar um nó finíssimo para não prejudicar o som.


Naquele dia, o fio acabara de se romper mais uma vez e o padre Gemelli, chateado, exclama "oh, papai, me ajude", como tinha por hábito de dizer há muitos anos, desde a morte de seu pai. Uma vez feito o conserto, começaram a escutar o material gravado, porém, ao invés do canto gregoriano esperado, ouviram estupefatos a voz do pai: "claro que o ajudo e estou sempre com você".


Padre Gemelli quase desmaiou, mas padre Ernetti o estimulou a prosseguir e fazer uma nova tentativa, assim fala-nos o Padre Brune em sua palestra. Obtiveram, então, a mesma voz, perfeitamente reconhecível, que dizia em tom levemente irônico: "mas claro, bobão (zuccone), você não está vendo que sou eu mesmo?". Esta era a maneira afetuosa que brincava com ele quando menino.
Temerosos de uma reprovação, levaram o material para avaliação no Vaticano e tal foi a importância do fato que assim avaliou o Papa Pio XII:


"- Meu caro padre, fique tranqüilo. Trata-se de um fato estritamente científico e nada tem a ver com o espiritismo. O gravador é um aparelho objetivo, que não pode ser sugestionado. Ele grava as vibrações sonoras. E esta experiência poderá, talvez, marcar o início de um novo estudo científico, que virá confirmar a fé no além".


O padre François Brune, amigo pessoal dos padres citados, confirma a veracidade deste texto que foi publicado pelo Vaticano em junho de 1990.
No dia 12 de junho de 1959, o produtor de cinema Friedrich Jürgenson e sua esposa se encontravam em sua casa de campo, em Estocolmo, Suécia, onde colecionavam cantos de pássaros utilizados nos programas culturais para as rádios suecas. Nesta data, Jürgenson ocasionalmente registrou vozes e sons inexplicáveis na fita de seu gravador. Pouco tempo depois, de sons passaram a vozes em várias línguas. A princípio, ele pensava tratar-se de seres extraterrestres, porém tamanha foi a sua surpresa quando as vozes lhe revelaram ser de desencarnados.


Após quatro anos de gravações experimentais, em 1963 ele anuncia ao mundo sua descoberta, publicando também o livro Vozes do Universo e Telefone para o Além.


Suas experiências interessaram ao filósofo e psicólogo Dr. Konstantin Raudive, que aperfeiçoou a sua técnica com o físico Alex Schneider.
O termo EVP (do inglês: Eletronic Voice Phenomenon) originou-se de uma iniciativa dos próprios espíritos, a fim de categorizar os fenômenos, onde o engenheiro americano, presidente e direto de pesquisa da Metascience Foundation, George W. Meek, e colaboradores técnicos, desenvolvem o Spiritcom, que é um aparelho de rádio aperfeiçoado para este fim. O aparelho basicamente grava o chiado produzido por uma rádio de FM fora da estação. Este ruído tecnicamente conhecido como ruído rosa, tem a característica de possuir, na sua forma de onda, a amplitude fixa e freqüência variável. Com isto, os espíritos modulam e variam a freqüência para produzir os fonemas que formam as palavras.


O Brasil ganhou respeito neste campo de pesquisas graças ao trabalho de Clóvis Nunes, do engenheiro eletrônico Hernani Guimarães Andrade, do prof. Mário Amaral, Sônia Rinaldi e outros não mencionados, mas aos quais parabenizamos pelo trabalho.

CONTATO VIA COMPUTADOR E TELEFONE (FORNECIDO PELA ANT)

Por 16 anos vimos nos dedicando à pesquisa do fenômeno das vozes e imagens paranormais, mas foram nos últimos três anos que enveredamos por uma nova tecnologia, em parte orientada pela espiritualidade, em parte desenvolvida pelo nosso esforço. Foi assim que conquistamos a possibilidade de gravar longos diálogos com os falecidos, em média de 8 a 10 minutos de duração, com clareza tal que permite com facilidade o reconhecimento da voz.


Mais que isso: essa inovadora tecnologia permite que pessoas falem de qualquer ponto do país, com seus queridos que partiram, sem sair de suas casas, através de nossa estação. Dentre os aproximadamente 300 telefonemas gravados, escolhemos o de Lara, falecida aos 4 anos de idade, em 2001, por podermos juntar uma análise cientifica a de algumas amostras de sua voz.

HISTÓRICO

Conhecemos a Inês, mãe da Lara, há cerca de 2 anos; ela nos contou sobre a perda de sua filha Lara, devido a um câncer no olho, que evoluiu para o cérebro, apesar de todos os esforços de médicos e de toda a dedicação dos pais.


Inês é de Fortaleza, já fez quatro telefonemas e neles pode atestar diversas informações dadas pela filha, que de fato, a identificavam como sendo ela própria.

UM TELEFONEMA

Escolhemos o que fizemos em dezembro de 2002. devido à extensão dessa gravação - foram 69 respostas gravadas pela menina - vamos nos restringir a algumas falas, para que o leitor avalie a como a coisa ocorre.


1. (alemão) "Eu falo"


Sônia: - "Oi! Bom dia amigos.."


2. A Inês havia me enviado um e-mail horas antes desta gravação contando que uma amiga perdeu o filho criança. Decidi perguntar por ele:


Sônia: -"O Renato, o garotinho de 9 anos poderá falar?"


(alemão) - "Está claro!"


3. Aqui, uma evidência bem curiosa da autenticidade do fenômeno: eu não sabia que enquanto eu fazia os testes (uma hora antes da Inês ligar) ela estava na missa de 7º dia do menino Renato - na qual, ela sentiu muito a presença da filha Lara (ver contato nº 45). Por essa razão, quando pergunto ao alemão se a Lara já estava lá para fazer os testes, ele informa que não. A Lara estava de fato com a mãe na missa, como confirmaria bem mais adiante nesta gravação.


Sônia: - "Sr. Alemão..."


(alemão) - "Não chegou!"


Sônia: - "A Lara já chegou?"


Notar, acima, que é muito constante as respostas antes das perguntas. Depois de algumas tentativas, a voz da Lara entra afinal. Havia chegado portanto:


6. Sônia: - "Lara, você vai conversar com a mamãe hoje?"


(infantil) - "Tô ouvindo você"


7. Sônia: "Você quer conversar com a mamãe?"


(infantil) - "Eu gosto!"


8. Sônia: - "O que você mais gosta de fazer?"


(infantil) - "Brincar!"


11. Sônia: - "O Renato está aí com você?"


(infantil) - "Vai viver na minha cidade!"


12. Sônia: - "Ele pode dar um recado para a mãe dele, Judith?"


(menino) - "Oi mamãe!"


TELEFONEMA: Inês liga.


15. Sônia: - "Oi Larinha, você viu quem está na linha querendo conversar com você?" (infantil) - "Consigo ajudar ela!"


16. A resposta que segue é coerente e inteligente, pois digo que a mãe tem saudade e ela diz que está sempre por lá,, ou seja, não precisaria ter saudade:


Sônia: -"muito ansiosa... muito saudosa..."


(infantil) - "Eu tô sempre aqui!"


Sônia: "Ok Inês... pode ir!"


18. (infantil) - "Eu vi!"


Inês: - "A mamãe tá com muita saudade!"


19. (infantil) - "Me carregou..." - "E lá em cima me beijou!"


21. Inês: - "Você tinha realmente que partir? Ou poderia ter ficado um pouco mais com a mamãe?"


(infantil) - "Chega o momento de recomeçar!"


22. Aqui a voz infantil responde antes da pergunta:


(infantil) - "Na Terra pra brincar!"


Inês: - "Você continua vindo dia de domingo aqui em casa?"


23. (infantil) - "Você é um doce!"


Inês: "Você brinca com a Fernanda?"


(infantil) - "De dançar!"


24. Novamente a resposta vem antes:


(infantil) - "Ouvi o amigo!"


Inês: - "Tem vindo visitar o papai?"


26. Aqui a voz fala com certa dificuldade:


- "Posso correr..."


27. Inês: - "Papai sofre muito com a sua falta..."


(infantil) - "É possível ajudar!"


28. (infantil) - "Você chora..."


31. Inês: - "Você está vendo a mamãe agora?"


(infantil) - "Tem que ler!"


35. (infantil) - "Tormento vive uma esperança"


36. (infantil) - "Me esperar!"


37. Inês: - "A sua priminha Fefê quer saber como é o Céu..."


38. Inês: - "A tia Tânia e a tia Kátia querem saber se você é feliz. Você é feliz minha filha?"


(infantil) - "Com orações, minha mãe..."


40. (infantil) - "Nesta vida eu vai"


41. (infantil) - "O espírito retorna..."


Inês: - "Pronto Sônia... só essas perguntas..."


Eu tomo a palavra:


44. Como nesse momento estou mexendo estou mexendo no ruído de fundo a voz infantil reclama:


(infantil) - "Ah tá difícil!"


Sônia: - "Você está me ouvindo bem Lara?"


45. Sônia: - "Você encontrou com o Renatinho?"


Inês: - Sônia pergunta se ele estava na missa hoje..."


(infantil) - "Estava..."


Inês: - "e se a Larinha também estava - mas eu senti muito a presença dela..."


49. Sônia: "Você viu o Renatinho hoje?"


(infantil) - "Viu. Tá vendo"


50. Sônia: - "onde que ele estava: estava junto do papai e da mamãe dele?"


(infantil) - "Vi ambos na Terra!"


52. Sônia: - "(e para a mamãe) vamos deixar uma mensagem para ela? O que você pode dizer?"


(infantil) -"Quero te dizer mãe, eu vou ter saudade!"


53. (infantil) - "Ame de tudo as coisas boas..."


Sônia: - "Viu Larinha? Deixa uma mensagem..."


54. (infantil) - "Tá no telefone!"


Sônia: - "Lara... você está na linha?"


(infantil): "Eu tô..."


61. Sônia: - "E agora a Inês vai dizer um tchau pro senhor..."


(voz-fonema) - "Inês, gosto de você..."


Inês: "Sr Alemão, um grande abraço... muito obrigada por essa oportunidade de estar falando com a Lara..."


68. (infantil) - "Em você..."


Inês: - "Lara, um beijo enorme..."


69. Inês: - "Mamãe te ama... te adora... eu nem sei o que dizer..."


(infantil) - "Hora de tristeza..."


Inês: - "Um beijo enorme e obrigado Sônia... (...)"
Vale lembrar também que o Sr. "Alemão" que aparece no inicio dos diálogos é o dirigente da estação transmissora espiritual. Devido a seu forte sotaque, Sônia Rinaldi o apelidou de "Alemão".


Alguns detalhes extraídos do retorno da mãe:


Contato número 19 - "Me carregou"... "Em cima me beijou!" Isso confere com um sonho que tive com a Lara na noite anterior ao telefonema. Me vi abraçando minha filha, e beijava apertava.. o fato de a Lara dizer isso é como para identificar que nos encontramos - sendo que eu não havia comentado do sonho com ninguém.


Contato 31 - "Tem que ler!" Evidencia que ela estava me vendo de fato, pois eu estava com um papel com todas as perguntas, e li durante o telefonema. Senão a emoção atrapalha na hora e é difícil segurar.


Cerca de um mês após o telefonema, a Inês pode confirmar dois curiosos detalhes da gravação e assim nos relatou:


Contato número 23 -


Lara diz que brincava de dançar com a irmã Fernandinha. Tive oportunidade de confirmar isso quando da Fernanda e a vi dando piruetas e rodopiando na ponta dos pés... rindo feliz como se estivesse dançando com alguém. Como dançar ballet clássico está fora de moda, hoje em dia a criançada dança outro ritmos, fiquei na porta olhando meio assustada. E a menina explicou:


- "Estou repetindo como me mostraram!"


Contato número 36 -


Quando perguntei a Lara como é o Céu, porque sua prima queria saber, a resposta foi:


- "Me esperar!"
Isso sugeria que ambas as meninas iriam se encontrar e a Lara iria mostrar algo.


Passaram-se uns 15 dias, e na Pré-Escola onde estuda a prima, foi pedido que cada um escrevesse um bilhete para a mãe, pai, avó, etc...


Não! A priminha da Lara escreveu uma carta para a prima falecida e ilustrou como sendo o Céu que ela viu em detalhes, chegando a explicar para a mãe que a grama era verde e que tal figura era a Lara. Esse fato sugere que a Lara deve ter cumprido o prometido e mostrado sua cidade para a priminha.


Há que se comentar que os contatos são extremamente claros e foram identificados em sua totalidade pela mãe.

Já há alguns anos, o físico Cláudio Brasil vem trabalhando conosco no estudo das vozes paranormais, tomando como base às amostras geradas nos telefonemas.


Não cabe neste curto artigo tecermos detalhes técnicos, mas obviamente os padrões utilizados são rigorosamente científicos. Cláudio Brasil e sua equipe de engenheiros e físicos vêm registrando que as vozes paranormais freqüentemente têm características diversas das vozes humanas. Mas esses estudos ainda estão em desenvolvimento.


As análise já se avolumam num montante com algum valor estatístico, mas ainda muito tem que se fazer para estabelecer padrões das anomalias que tipificam as vozes paranormais. Mas a busca da comprovação cientifica da realidade do Espírito deve valer todo e qualquer empenho.

IMPORTANTE



FONTE DO TEXTO

Revista Cristã de Espiritismo no 28, páginas 6-11, através do site http://www.ippb.org.br/modules.php?op=modload&name=News&file=article&sid=3883
(Postado no site acima por Admin - isto é, Wagner Borges- em Quarta, 04 de Maio de 2005 às 08:30)


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