sábado, 7 de maio de 2011

...A PEDRA DO ORISÁ.......OKUTÁ







O okutá é uma pedra sacralizada ao Orixá, sendo sua própria representação e sobre a qual são oferecidos os sacrifícios propiciatórios a ele endereçados. 




O assentamento ou igbá do Orixá recém feito é depositado no quarto de seu correspondente na casa, simbolizando o reagrupamento do que um dia, por qualquer motivo, tenha sido dispersado. 




No Brasil é costume manter-se o igbá do Orixá do iniciado junto ao do Santo da Casa durante sete anos, tempo exigido para que o iniciado, após fazer as "obrigações" de praxe, receba um grau hierárquico mais alto, quando poderá, se assim quiser, levar seu Orixá para sua casa ou, se tiver cargo para tal, abrir seu próprio Candomblé, o que por certo implica num complexo procedimento ritualístico que não pode nem deve ser descrito em suas minúcias. 




Em Cuba, onde o culto recebe o nome de Santeria, segundo informações do Babalaô Rafael Zamora (Ifa Bii Ogundakete), o igbá do iniciando permanece na "Casa de Santo" somente durante os três meses subseqüentes ao "dia do nome", ocasião em que, em cerimônia pública, o Orixá traz o seu nome ao conhecimento de todos, o que caracteriza que realmente "está feito". Este costume, segundo Zamora, prende-se ao fato de que o Orixá em questão pertence ao seu filho e não ao sacerdote que o consagrou, o que implica num contato diário entre o iniciado e seu Orixá, contato este considerado indispensável e obrigatório. 




Sobre o ritual cubano é ainda Zamora que nos informa : "Logo após realizar um ebó que se faz três meses depois do dia do nome, o iniciado leva seus Santos para casa, podendo colocá-los em qualquer de suas dependências. O importante é que estejam sempre juntos. 




O iyawo tem que, todos os dias, logo que despertar, lavar a boca e, antes de falar com qualquer pessoa, "bater cabeça" para seu Orixá, saudá-lo conforme tenha aprendido e pedir-lhe tudo o que deseja de bom para si, seus familiares e amigos. Nunca se deve pedir coisas ruins aos Orixás, pois isto é uma atitude condenável e desrespeitosa, que pode provocar a sua fúria e resultar em severas punições ".







NINO D'ODÉ .

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